Barco Pesqueiro - Wild Spirit

Barco pesqueiro parado as margens do rio Reno. Possui coloração azul bem desgastada pelos anos de trabalho em alto mar e baixa qualidade de manutenção.

Vinte e uma horas o despertador de mesa ao lado da cama de Oliver toca, mas o vampiro já estava de pé fazia muito tempo. O Gangrel examinava o motor do barco e, com a ajuda de seu tataraneto, começava a arrumá-lo.

- Ta vendo? Vamo ter que trocar o embolo muito em breve, ou podemos ficar na mão no meio da próxima viagem...

Ele tinha o trabalho cuidadoso de ensinar o pouco que sabia a Ruffus, pois um dia o rapaz poderia precisar daquilo para se manter vivo. Afinal de contas, um era tudo o que o outro tinha de família nesse mundo.

- Tio... O despertador.

- Sim, sim, eu já ouvi... Agora presta atenção no que to tê falando... Vai no Magnus e compra essas peças assim que amanhecer. Eu vou procurar um velho amigo meu... Não devo demorar.

O jovem olha para o Oliver com cara de descrença, mas sua expressão permanece a mesma. Sabia que tinha que se apresentar logo ao príncipe ou ele iria acabar recebendo uma visita indesejada de algum engraçadinho. E tudo que ele não queria era expor seu tataraneto a selvageria que era aquele mundo.

"Um dia ele vai descobrir... Mas esse dia não é hoje."

Após tomar um merecido banho, vestir a camisa mais limpa que possuía e a calça jeans menos rasgada que tinha o Gangrel estava pronto. Jogou por cima dos ombros uma jaqueta de couro e caminhou até a moto estacionada a beira do rio.

Oliver olhou mais uma vez na direção do barco e viu Ruffus guardando as ferramentas que estavam utilizando até alguns minutos atrás. Após trocarem acenos de despedida o Gangrel subiu em sua moto e tomou as ruas da cidade em direção ao Elisium.

Depois de muito correr finalmente Oliver chega ao seu refúgio. O Gangrel sentia as pernas doerem, mas felizmente não precisava respirar para conseguir correr.

O gigante caminha para dentro do barco e olha as coisas a volta. Suas ferramentas ainda estavam por ali, próximas ao motor do barco que havia "concertado" junto com seu tataraneto no inicio daquela noite.

Ele logo desce as escadas e se aloja, protegido finalmente dos perigos que o sol podia proporcionar. Oliver senta sobre a cama e respira profundamente. Os Lasombras haviam dominado ele e Kaliban com tanta facilidade que deixaram o gigante extremamente irritado, mas ele aproveita o tempo para repensar onde havia errado.

Precisava planejar bem seu próximo ataque, pois poderia acabar morrendo se agisse da mesma forma que naquela noite.

"Se não fosse pelo Cheiroso... Eu tava fudido."

Ele deita na cama irritado com aquele pensamento e pensando ainda em como combater aqueles malditos Lasombra até que finalmente o sono sobrenatural começa a tomar conta de sua consciência.

Assim que o sol some e a noite toma conta dos céus da cidade os olhos de Oliver Bering se abrem. O Gangrel estava com bastante fome, mas sua preocupação naquele momento era outra.

Ele levanta e rapidamente pega seu celular que estava na estante ao lado da cama. Ele começa então a olhar para ver se as mensagens enviadas na noite anterior foram respondidas.

No celular do Gangrel aparece a resposta do ravnos Sunny.

*- Estou no Elisium.*

A resposta de Sunny é a primeira a chegar. Possivelmente todos os membros estariam lá ou ao menos a caminho. O Gangrel então responde a mensagem para o Ravnos e logo segue para o lado de fora. Tinha muito chão pela frente até o Elisium.