Bunker Assamita

Enfim sozinha.

Largo as malas em um canto qualquer do quarto e tomo um banho demorado. Pego uma roupa confortável das malas e após isso arrumo organizo os meus pertences mais importantes (armas), o restante arrumo quando acordar na próxima noite.

Envio uma mensagem para o Algoz Valeck, perguntando se ele possue alguma informação nova.

A mensagem do Algoz me faz lembrar das palavras do primógeno lunático. Ele sabia disso ou foi a sua visão Malkaviana que o avisou? De qualquer forma era terrível a possibilidade de enfrentar um outro filho de Haquim.

A facção rebelde provavelmente era a Teia de Punhais, fanáticos seguidores do antigo caminho da trilha do sangue, eles nem mesmo aceitavam ocidentais ou mulheres em suas fileiras.

Verifico as armas que trouxe para Bruxelas, uma pistola de pequeno calibre e uma cimitarra. Depois disso eu checo o perímetro da casa e as medidas de segurança disponíveis.

Nada aqui me seria útil no caso de um eventual ataque dos meus irmãos de clã, mas tomo as precauções possíveis. Uso a madeira para fechar as entradas e deixo um dos cachorros dentro da casa, ele seria o meu "alarme" contra visitas indesejadas.

Satisfeita com o trabalho, uso meu celular para pesquisar as últimas notícias de Bruxelas antes de dormir.

Estava explicado então toda aquela agitação no hotel.

Uma explosão perto do Elísio? Na mesma noite que o gerente de um hotel de luxo e um arconte são assassinados? Deveria ter passado por cima dos mortais e investigado o hotel.

Sem mais nada para fazer essa noite, durmo com as armas ao alcance das mãos.

Assim que desperto, vasculho a casa por sinais de alguma invasão. Após isso, organizo ela para receber o Delegado.

Já me visto com a roupa de sair, vou aproveitar para voltar a cidade com meu irmão de clã.

Atendo prontamente o celular.

- Alô, Delegado Valeck. Estou aqui no bunker lhe aguardando.

'- Estou chegando.' - responde Valeck de imediato e comenta:


'- Verifique o Perímetro. Estou me certificando que não serei seguido. Temos problemas grandes essa noite.'

Ainda com o celular na mão, a Assamita vai até a frente do bunker para observar a estrada e arredores. O Delegado parecia realmente preocupado com algo.

- Seriam nossos irmãos de clã?

Por mais que Valeck falasse, eu não conseguia acreditar que um Filho de Haquim ousaria pegar em armas contra outro, isso ia contra todos as nossas leis.

- Vou assegurar que o bunker esteja seguro para sua chegada.

Procuro qualquer sinal de movimento ao redor do refúgio.

Antitribu... Assamitas que se afastaram de Alamut e abraçaram o Sabá, pois não concordavam em se submeter a maldição dos Tremere. Já foram nobres e respeitados, mas atualmente se esqueceram de sua identidade e agem como os filhos de Khaynn.

- Sim, sei sobre eles. Então a antribu teme a união dos Filhos de Haqim com a Camarilla? Posso até imaginar o motivo. Seríamos uma contribuição muito importante para a máquina de guerra da Torre de Marfim, um Filho de Haqim em seu pior dia, luta por cinco Ventrue.

Eu não via nada nas redondezas, mas a intuição que adquiri com os anos de experiência me avisava do óbvio, seria muito fácil para um outro assamita estar ofuscado agora, apenas esperando uma brecha para me trespassar com sua lâmina.

Deixo a mão próxima da bainha de minha espada, aguardo a resposta do Delegado e também um possível ataque que possa estar prestes a acontecer.

Caralh...

Assim que percebo a falta de som, enfio o celular no bolso e puxo a espada. Tento rapidamente localizar algum atacante.

[Gasto 1 ponto de sangue para ativer rapidez e mais 1 ponto para aumentar o vigor]

Se forem vários atacantes ofuscados ao mesmo tempo, minhas chances de sobreviver são remotas. Corro em disparada e entro na casa, como as janelas ainda estão fechadas eles vão precisar entrar pela porta, ou então quebrar as janelas, o que vai revelar as suas posições.

Se conseguir entrar na casa eu fecho a porta e paro para analisar o local em busca de algo que possa ser útil.

Merda! Os malditos querem me queimar viva... São tão covardes que não tem coragem para me enfrentar em uma combate digno, mas eles não perdem por esperar, mesmo sendo Filhos de Haqim, não vão escapar da minha vingança.

Minha primeira ação deveria ser chegar até Valeck e juntar forçar com eles, a não ser que o próprio esteja de conluio com os antitribus, nesse caso então eu vou morrer...

[Gasto mais 1 ponto de sangue para manter a rapidez e outro ponto para aumentar a destreza.]

Abro a porta e corro até Valeck com toda minha velocidade, minha única ação enquanto isso será desviar de qualquer ataque.

Valeck não só consegue enxergar os antitribus ofuscados, como também demonstra uma habilidade de combate de alto nível. Ele fazia jus a linhagem do Amr.

Pego a arma lançada para mim, e entro no carro com minha velocidade. Deixo a porta aberta para que Valeck possa entrar.

Valeck acerta outro alvo ofuscado pouco antes de conseguir entrar no carro. O Assamita entra e parte com o veículo em alta velocidade pelas Ruas de Bruxelas.

 Cena Continua em Ruas de Bruxelas.