Le Conservatoire de Musique

O taxi para em frente ao local, e o toreador agradece a corrida, paga por ela, sorrindo de forma gentil ao homem.

"-Muito obrigado senhor, com certeza irei ligar novamente quando precisar de locomoção, é um ótimo motorista."

Desce com seu violino elétrico no case, e observa a interessante e clássica fachada do local. Se fosse vivo suspiraria.
Com calma observando tudo segue até a entrada, buscando por algum funcionário que pudesse lhe dar alguma informação do local ou sobre a programação da noite.
Gostaria que todas as noites fossem tranquilas quanto aquela começava.
Gostaria de encontrar Zarinah mais tarde e ter um agradável momento e relembrar das ocasiões sociais a que via e que ele estava junto de Vincent.

O Toreador recebe a resposta da Nosferatu através de uma SMS:

"Obrigada por me avisar monsieur Sung. Chegarei em breve."

Sorri e é igualmente gentil com os funcionários. O local como um todo o agrada. E questiona se tem como, sendo um recém-chegado a cidade, entrar na programação dos artistas locais e participar.
Seria bom ver quem eram os expoentes promissores da cidade, para criar contatos. E claro também ter momentos de deleite em os ouvir.
Só depois de tais conversas ele.volta a checar o celular e sorri ao ver a mensagem da Nosferatu. E então segue para tomar acento para ver as apresentações, num ponto que era fácil de ser visto e encontrado tanto pela organização do evento, para lhe informar que terão a ele uma brecha para se apresentar, tanto quanto para que Zarinah o pudesse encontrar com facilidade, e fez questão de deixar reservado um acento a seu lado para ela.

Assim que a primeira apresentação se inicia, uma harpista italiana é a primeira e assim que ela começa, Henry se sente emocionado com a precisão e emoção com que ela colocar as notas.
Altamente atento, com os olhos arregalados da forma que podia, as mãos se agarram a poltrona da frente da platéia e a coluna se inclina pra frente. Os olhos se mantém vidrados nas mãos e movimentos da italiana juntos com cada nota que ela produzia.
Nada mais em volta importava. Apenas as notas que ela produzia. O mundo se resumia as notas daquela harpa que Iannete produzia. E Henry queria consumir todo aquele mundo e não perder um segundo de som dele.
Estava em completo êxtase, fascinado com aquela música. Parado como uma estátua ele todo ficava apenas voltado para a harpista no palco.

Quando dá por si, havia silêncio e logo em seguida ruídos incômodos de pessoas andando e falando. A música, aquilo que tocava fundo em si tinha terminado.
Na plateia haviam poucos que ainda se retiravam para a pausa. Foi só ali que ele pode fazer o primeiro movimento. Notar que outros saia.
Logo haveria outra apresentação. Mas naquele momento Henry só conseguia pensar na harpista e aquela música. Talvez ela pudesse ser sua musa inspiradora, talvez ela tivesse aquilo que faltava a ele para conseguir compor sua obra prima.
Deixa a platéia e segue a área do café, com olhos atentos em busca da jovem. E se caso ela não estivesse ali, com certeza ele daria seu jeito para seguir as coxias e a buscar entre os bastidores.

Assim que nota a harpista, atravessa o salão de forma mais rápida, porém ainda elegante e graciosa, se aproximando da jovem e lhe fazendo um reverência completa e logo falando em Italiano, agradecendo mentalmente que Vincent o ensinara o idioma, imaginando que talvez isso pudesse impressionar e trazer conforto a jovem.

"- Permita-me cumprimenta-la, signorina Voulix, fiquei completamente encantado com sua apresentação. Poderia ouví-la por toda a noite. Obrigado pelo deleite proporcionado."

Dá a jovem um sorriso carismático e servil de um fã.

"- Por favor, permita-me beijar as mãos com as quais traz tão bela arte aos ouvidos."

Espera, gentil a resposta e que ela lhe oferte a mão livre que não segura a taça.

Toma a mão e com delicadeza deposita nela um beijo sobre as costas e depois um na ponta do dedo indicador enquanto soltava a mão.

"- Que descuido, me perdi completamente em sua música." - faz novamente uma breve reverência - "Henry Lee Sung, recém chegado a cidade, um prazer conhecê-la signorina."

Sorri a ela. E observa por um instante a pinacoteca a volta, depois provavelmente veria as obras com mais cuidado a volta, mas agora seu foco era a jovem a sua frente.

"- Adoraria ter a oportunidade de poder ouví-la mais vezes, ou até mesmo quem sabe, fazermos um dueto de cordas. Mas sendo a signorina Voulix italiana, não sei quanto tempo estará presente na cidade."

Devolve outro sorriso a jovem.

"- De um recém-chegado a outro, espero que Bruxelas lhe traga muitas alegrias e evolução a sua música."

Acena com a cabeça indicando uma pequena reverência.

"- Tenho certeza que as próximas apresentações serão belas, mas duvido que melhores, ou que movam minha alma como a sua pode fazer. Mas entendo que deseje ver as próximas apresentações, e se não se importar seria um prazer ser sua companhia. E talvez no fim de tudo, pudéssemos conhecer mais dessa cidade juntos, caso não tenha problemas e possa. Não sei como estará seu tempo livre."

De forma cordial faz o convite.

Chegando ao Conservatório, Zarinah paga o taxista pela viagem e sai do carro. O local era muito bonito. Todo envidraçado e ficava no meio de um jardim. Ela sorri e sem demora avança para a entrada do Conservatório.

Na recepção a Nosferatu é bem educada com os funcionários, cumprimentando todos eles, apesar de que sua visão a respeito dos mortais mudara bastante depois das diableries. manter as aparências ainda estava na mente da Escondida.

Adentra o local e busca Henry com o olhar.

Eles tava sendo precipitado, estava, mas o encanto que a garota lhe gerará fora tão grande que não conseguirá se controlar. Mas a resposta dela o colocou no lugar junto da postura que mostrava bem seu posicionamento.
Dando um cuidadoso pequeno passo para trás. Ele se desculpa.

"- Desculpe se soou errado minha fala. Eu apenas gostaria de poder aproveitar mais de sua música e que talvez, a signorina como também recém-chegada gostaria de conhecer mais do cenário musical da cidade. Juro que não tive aqui segundas intenções. Mas peço perdia se parecia indelicado."

Faz uma breve reverência de forma mais resignada.

"- E compreendo que tenha seus compromissos, e familiares. Inclusive, por gentileza, os parabenize por sua criação e apoiarem sua arte. Sinto pelo incomodo. Espero que tenha uma ótima noite e que eu possa ouví-la tocar novamente."

Começa a se virar lentamente para se retirar esperando uma reação da jovem.

Notava que poderia se reaproximar da italiana, mas logo percebe Zarinah adentrando o local e pessoas se afastando dela e logo entende o motivo daquilo, o odor nada agradável que se aproximava. Imaginando por qual esgoto a mulher teria passado e qual urgência teria para falar com ele pessoalmente e não tomar um l banho antes de vir até ele. Entendia o desconforto das pessoas a volta.
Vira rapidamente de volta a Iannete se despedindo novamente.

"- Sinto muito, mas precisarei resolver alguns assuntos no momento. Espero nos vermos novamente e poder me deileitar com suas músicas. Com licença minha cara."

Sorri a ela e então segue até Zarinah para ter certeza que Iannete fique próxima dela e não sinta o fedor da vampira. Ainda assim educado se dirige a mulher falando baixo apenas para ela.

"- Mademoiselle Schwartz, é um prazer vê-la aqui. Imagino que tenha tido algum problema para chegar aqui dessa forma, talvez lhe seja melhor ir tomar um banho, ou quem sabe nós falarmos por telefone se for urgente, porque... bem... sem querer ser indelicado com mademoiselle, mas odor que vem de ti nesse momento, está incomodando os presentes, e pode ser um risco a máscara. Mas depois de um bom banho, tenho certeza que irá apreciar muito esse local e a música como estou eu encantado."

A Nosferatu nunca havia antes cheirado mal, logo imaginava que fora uma ocorrência e que não vinha dela naturalmente o odor. Apesar de saber que alguns do clã dela tinham tal característica horrenda. Não queria ser indelicado com ela. Mas também não se sentia bem em estar próximo e nem desejava que as pessoas a volta começassem a ligar ele com ela.
Geralmente Nosferatus apesar da estética desagradável, não lhe eram um problema, mas ali sentia certo inciso social. Queria a boa impressão inicial ao local, mas aquele cheiro botava as coisas a ruir. Desejava apenas que ela fosse embora, o deixa-se ali, e se falassem depois a distância.

Se fosse na noite anterior, Zarinah poderia se preocupar com a repulsa do gado diante dela. Mas a Nosferatu era outra cainita agora, menos preocupada com aparências, com o que os outros pensavam e muito menos com a vida dos outros. Mesmo assim, ela sorri às pessoas que se afastavam dela por causa do cheiro.

Henry se aproxima dela e a feição da Nosferatu é de extrema preocupação. Quando henry termina de falar, ela comenta somente para o Toreador escutar:

-Venha comigo, agora. Meu cheiro não é nada se comparada à sua morte final, monsieur Sung. Nem sei como te explicar como escapei das Bestas da Lua para poder chegar aqui e tentar lhe salvar.

Ela pega no braço do Toreador delicadamente, a sorte dele é que ela usava luvas ou ele poderia sentir que ela era bem gosmenta, e tenta guiá-lo para fora daquele local.

Envergonhado, interiormente agradece não ter como ficar ruborizado. Gostava das pessoas olhando para si, mas quando se apresentava, e não numa situação embaraçosa, e mal cheirosa.
Delicadamente se solta da mão dela, inicialmente cogitada que poderia fingir não ter relação com ela,as no momento já era tarde, as pessoas já olhavam para ele.

*Ah por que?! Por que tinha que estar cheirando assim?! Antes sempre aparentou ser uma Nosferatu com noções de higiene e refino para arte. Mas isso agora...*

Responde a ela em tom baixo de forma que só ela poderia ouvir tentando acalmar seu alarde.

"- Lembre-se que falaram que elas, como nós tem tipo a máscara. Estar entre grande público pode ser mais seguro que sair pelas ruas agora. Ficarei atento. Agora as pessoas estão olhando e isso está levantando suspeitas erradas, mas ninguém seria estupido em nós atacar sendo o centro das atenções."

Logo em seguida fala um pouco mais alto, fazendo a pessoas a volta ouvirem propositalmente suas falar, que tinham nelas um tanto de drama.

" - Mon dieu... Não acredito que fora atacada na vinda para cá e levaram sua bolsa e a derrubaram no lixo de um beco! Que pecado... E ainda assim fez seu caminho até aqui para se certificar que está tudo bem comigo. Oh minha tutora, por favor, vá até o banheiro se limpar e se acalmar, eu vou chamar nossos amigos e iremos a delegacia resolver isso. Onde mademoiselle deveria ter ido desde o início."

Suspira de forma pesada, quase teatral.

"- Como sou grato em sua preocupação comigo e com a arte em primeiro lugar, deixando sua segurança de lado. Vamos cuidarei de tudo agora."

Começa a andar em direção ao banheiro, esperando que aquilo faça as pessoas se sentirem pena de Zarinah e não olharem de forma estranha, a julgando pelo cheiro do momento, não que as culpas se por isso. Mas precisava ali limpar a imagem. E imaginava que nenhuma besta da lua ali seria estúpida de atacar ali enquanto ganhavam o foco de atenção. Afinal também tinha que proteger certa tipo de máscara.

Assim que Henry se desvencilha da mão da Nosferatu, ela faz uma cara de surpresa e preocupação.

-Acho que...

E Zarinah não termina a própria frase. Mesmo com o semblante preocupado, ela vê verdades nas palavras do Toreador e fala para a plateia mortal que a olhava com asco.

-Eu...me desculpem. Peço desculpas a todos...com licença.

E segue Henry na direção do banheiro. Fica em silêncio durante o caminho, olhava para todos os lados, com medo de alguém estar seguindo-a.