Casa Del Toro (Periferias de Luxemburgo)

Karl acompanha del Toro carregando sua mochila nas costas. Ainda observando o ambiente para se familiarizar, ele escuta a pergunta de seu primogeno e responde:

"- Sinceramente? Agora eu quero um domínio."

Apenas após a resposta é que Karl começou a pensar sobre o que acabara de dizer. Podia ainda não estar claro em sua mente o que aquilo significava e nem os passos necessários para concretizar seu desejo, mas sua intuição dizia que aquilo era o certo a fazer. Tava na hora de se estabelecer em Luxemburgo.

"- Talvez Belmont e sua amiga toreadora possam ajudar nisso. Ela não me parece tão imbecil como as outras rosas... Fora isso, amanhã vou atrás do Russo."

"- É bom saber." - responde o brujah que acabara de conferir o avançar da hora.

Sem enrolar Karl coloca a mochila ao lado da cama, dá uma conferida despretensiosa no blackout das janelas e deita na cama com roupa e tudo.

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O sol se põe e mais uma noite se inicia. Rot desperta e senta na beira da cama entregando os olhos na tentativa de despertar mais rapidamente. O alemão se espreguiça e dá um bocejo cujo fedor o lembra dos corpos em decomposição nas trincheiras. Rapidamente o alemão fecha a boca e pega um pequeno estojo na mochila que estava ao lado da cama. De posse do kit Rot vai até o banheiro, lava a cara, tirando a remela que se acumulara no canto dos olhos; escova os dentes; passa as mãos na tentativa de pentear o cabelo. O alemão tira a camisa amarrotada pela cama e perfuma o corpo com o desodorante que tinha no estojo. Ao voltar pra cama saca da mochila uma camisa limpa e coloca a usada dentro de uma parte destinada à roupa suja.

Feito isso, o brujah sai do quarto em busca de seu anfitrião.

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Assim que sai do quarto, Rot escuta uma música e caminha em sua direção na expectativa de encontrar seu anfitrião. Após alguns instantes ele encontra del Toro se alimentando, na sala, de duas loiras. Por causa da altura da música, o alemão opta por sentar numa poltrona dentro dentro do raio de visão de del Toro para mostrar que havia acordado.

Certo de que será visto ele apenas aguarda seu anfitrião.

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Karl percebe a aproximação da loira e, diante das palavras de del Toro, permite que a gostosa o acaricie. Sem rudeza alguma que pudesse lembrar seus lado militar, o alemão devolve as carícias da loira conhecendo cada curva daquela bolsa de sangue diante de si.
A medida em que beija e mordisca, Rot percebe o arrepiar daquela pele branca. Conforme a excitação cresce o alemão consegue ouvir nitidamente o bater acelerado daquele coração que irriga o corpo dando uma tonalidade rósea à loira.
Ainda enroscado na humana, o alemão desliza levemente a mão para a nuca de sua parceira, enlace seus cabelos e num gesto mais ríspido os puxa para trás deixando o pescoço mais exposto. Sem piscar ele segura o corpo róseo e pulsante da loira e morde seu pescoço fazendo com que ela tenha um espasmo, contido pelo brujah, para logo em seguida amolecer não mãos do alemão que suga seu sangue.
Quando termina de se alimentar, Rot lambe a ferida que cicatrizes imediatamente e, saciado, se deixa sentado na cadeira liberando a loira.

Ele volta a olhar para seu anfitrião aguardando a oportunidade de começarem a diversão principal.

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A cara de espanto é inevitável diante das palavras de del Toro. Pelo visto, a presença de Karl em Luxemburgo tornara sua vida um livro aberto.

"- Não tem sido uma chegada fácil!' - comenta o brujah ainda meio sem saber o que fazer.

"- O que você esperava com um principado cercado? Ou você acredita que tudo isso é simplesmente o interesse por um ex soldado?" - diz o brujah que ainda tentava se recompor das palavras de seu primogeno.

Ainda sentado, Karl fala para del Toro:

"- Isso que você pensa saber é merda diante do interesse dos Tremeres em usar a caçada que eles mesmos provocaram para ampliar seu poder na cidade. Que tal começar por aí?"

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“- Não to acusando ninguém, apenas ligando os pontos. Veja... dois carniçais são mortos negociando segredos num território onde a capela ainda não está instalada. Por causa disso, os feiticeiros sugerem ao Corrie uma caçada de sangue que tem como prêmio domínios na cidade e autorização para abraçar alguns infelizes. Por fim, eles colocam, finalmente, um regente que na primeira oportunidade deixa claro que tem interesse apenas pelos possíveis domínios.”

Karl faz uma pausa para observar a reação de seu interlocutor.

“- Vai me dizer que você acredita em coincidências.”

Diante das palavras do primogeno, Karl dá de ombros e resolve não estender a discussão.

Por fim, ao ouvir novamente o questionamento, o brujah percebe que seria praticamente impossível sair dali sem dar uma resposta.

O alemão pára pensativo por alguns instantes, lembrando do fracasso em manter seu segredo.

* Até as Harpias devem saber dessa net de!*

Sendo assim....

"- Eu e Abiodun fizemos um negócio, há algum tempo, lucrativo para ambos, mas pelo visto o feiticeiro não consegue manter a boca fechada."

Uma pequena pausa, e...

"- Ele conseguiu quebrar o laço de sangue que me mantia preso a um Ventrue."

Dito, mais uma vez, seu "segredo, Karl apenas observa a reação de seu anfitrião.

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"- Foi o preço que paguei por nossa derrota." - responde o alemão ao mesmo tempo em que vem à memória a imagem dos que tombaram nessa mesma noite.

Karl tinha a intenção de continuar a conversa, mas percebe del Toro atender o telefone e mudar de fisionomia. O brujah resolve parar de falar.
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Karl não consegue esboçar outra reação a não ser esticar a mão e pegar a carta selada que del Toro lhe entregava. Sua fisionomia não transparência receio ou medo, apenas dúvida. Dúvida de quem buscava na memória ou no gestual de seu interlocutor alguma informação que pudesse esclarecer o que estava acontecendo.

"- Deixa de viadagem e diz logo o que ta acontecendo."

O brujah não parecia muito propício a sair dali sem nenhuma informação e isso não parecia papo furado.

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Sem esboçar reação, Karl é atirado ao chão pelo seu avermelhado primogeno. Se o brujah pensou em reagir esse pensamento se esvaiu assim que o alemão viu a cara de poucos amigos de del Toro. Se ele tivesse um coração batendo, com certeza já teria saído pela boca. Ao invés disso, Karl sente em cada osso de seu corpo a ira de seu primogeno que lhe dá um comando direto. O alemão só consegue juntar as forças necessárias para sair dali. Falar? Sem chance.

Karl levanta e "correndo" se organiza para cumprir as ordens e sair da cidade. Ele volta ao quarto em que dormira, pega sua mochila e veste seu casaco, guardando a carta em um bolso interior. Sem piscar ele desce as escada com o celular nas mãos pedindo um táxi rumo à estação de trens. Seus ossos continuam acusando a ira de seu primogeno.


Karl para na entrada da casa esperando o táxi que o aplicativo acusa estar há menos de 1 min de distância.


2 sucessos no teste de FV

O táxi chega é o brujah ainda acelerado entra e orieta o motorista

"- estação de trem."

Sem demora ou conversa o motorista parte rumo à estação.

Continua em Ruas de Luxemburgo

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