Galeria Médici - Sede da Guilda Toreador

O carro mal para em frente ao prédio e a Carniçal desce para abrir a porta para seu mestre. Remí desce do veículo com a pompa de uma estrela de cinema dos anos 20, retira os óculos escuro com a mão esquerda e sem uma palavra, aguarda que a Carniçal tire de suas mãos e volte para o carro enquanto ele olha e julga silenciosamente a arquitetura do prédio à sua frente.

Talvez, se fosse mais emotivo, se daria um minuto ou dois para se resignar ao futuro que se extendia à sua frente - uma nova cidade, uma nova história - mas não era dado à sentimentalismos baratos. Ele caminha sozinho e com firmeza para dentro da galeria, atento a cada detalhe que por ventura encontrasse por ali.

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Remí abre um sorriso polido e breve para a Toreador enquanto ela se aproxima, já tendo visto o que queria da galeria e focando sua atenção na líder de seu clã na cidade e em sua voz encantadora.

- Mademoiselle di Médici... A morte lhe fez muito bem, é um belo lugar o que tem aqui. A combinação de elementos é muito agradável.

Ele sorri placidamente para a mulher, após fazer uma leve mesura de confirmação.

- Como já sabe, me chamo Remí Lefebrve... vim para cidade à negócios e gostaria me colocar à disposição de nossa família, mesmo sem saber por quanto tempo me estabelecerei aqui... Luxemburgo me parece adorável.

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Toreador sorri de forma prazeirosa ao ser alisado pela Primogênita, fechando os olhos suavemente. Leva a mão até os dedos da artista, tocando-os suavemente com a ponta dos seus... abre os olhos e fita os dela com intensidade, ainda sorrindo, leva a mão da mulher até os lábios e deposita em seus dedos um beijo tão suave quando as asas de uma borboleta.

- Eu sei.

Sussura com sua voz melodiosa, expandindo ainda mais o sorriso. Ele era maravilhoso e o reconhecimento imediato da Toreadora mostrava que ela tinha bom gosto o suficiente para que pudessem trabalhar juntos. Aquela noite estava se tornando mais prazeirosa...

Remí mantém-se segurando por um tempo a mão da artista e diz, ainda olhando em seus olhos:

- Dizem que as mãos de um artista tecem o universo e sustentam o mundo todo... Mon cherrie, eu vim para esta cidade para mudar a história. Creio que poderemos juntos fazer as noites de Luxemburgo serem lembradas por mil anos...

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'- Aprecio suas ambições...' - comenta a Primógena, dizendo em seguida:

'- Trouxe negócios para a cidade ou veio apenas com sua impecável presença para iluminar nossas noites escuras?'

- Minhas ambições não seriam grande coisa sem planos grandiosos para nosso clã, mon cherrie... Eu vim para a cidade para abrir um um clube noturno "amigável" para com os nossos e ajudar as noites de Luxemburgo. Eu já possuo locais assim em outras cidades, inclusive a própria Bruxelas, e achei que estava na hora de me dedidar a expansão da influência de nosso clã em Luxemburgo também...

Ele fala tranquilamente, ainda sorrindo.

- Por isso eu quero me deixar à disposição da Primogênita para ajudar no que for preciso para elevar o nome das Rosas à onde desejar. Confesso não ser tão versado ou sequer dedicado em políticas de corte... mas nada que não possa mudar, com sua ajuda.

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Remí para por um tempo, pensando em como deveria seguir esta conversa.... ele continua após um momento de silêncio:

- Uma Camarilla separada pode ser enfraquecida...se os outros clãs disputam poder entre si, estaremos sempre mais fracos do que poderíamos estar. A neutralidade das Rosas me parece o mais sensato, até porque todos precisam de calmarias em meio às tempestades...e nossa Casa é reconhecidamente a mais acolhedora. Somos bons anfitriões... e acho importante que os outros clãs sintam nosso apoio imparcial...

Ele abre um curto sorriso, esperava que ela entendesse o que queria dizer.

- Como um artista de palco, sempre gostei de ter meus papeis bem definidos...e sempre gostei de merece-los... você acha que nossa família tem o papel que merece nesta corte?

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'- Qual a sua arte Remí? Teatro? Canto? Com essa bela voz imagino que seja o canto e, imagino também que a temporada surpresa de Cassandra pelo Teatro Municipal deva ser algum tipo de presente do seu senhor para ti...' - comenta Renata.


Cassandra era uma famosa Filha da Cacofonia que Remí sempre ouviu irritantemente falarem bem de sua voz e seu canto perfeito. Ele nunca estivera na mesma cidade que ela, mas sabia que ela costumava irritantemente o colocar em segundo plano em rodas de conversa que seu nome surgia.

SMS (de Cristoff):

"Onde posso encontrar essa sua cara de troglodita meu amigo? Cheguei em Luxemburgo hoje, já cuspiram 3 vezes no meu cu mas ainda não me enrabaram, to afim de um papo leve e um pó no períneo de alguém.. Se precisar de um refúgio, 5 Rue Alphonse Weicker, Cidade do Luxemburgo 2721, Luxemburgo, seu nome estará autorizado."

Remí sorria por fora, mas o fato da Primogênita não conhecer de ante mão seu talento lhe causa uma pontada de de... desgosto.

Ele não era qualquer criança da noite, qualquer jovem patético engatinhando nas artes do clã Toreador como a maioria de seus irmãos e irmãs desprovidos de beleza e da magistral virtude do canto! Ele era Remí Giulliard Lefebrve! E quando aquela SIMPLÓRIA medíocre sem conhecimento refinado estava sumida, fazendo pintura a dedo como uma criança de 3 anos ou o que quer que ela fizesse, ele estava nos palcos dos maiores teatros da Europa levando à lágrimas humanos e imortais com suas cordas vocais refin...

...E então ela diz o nome daquela maldita:

Cassandra.

Uma vaca mugindo não lhe incomodariam tanto quando aquela pata quaquando sobre si mesma como se fosse uma estrela capaz de ofuscar a luz de um Astro Rei como Remí. DEMÔNIA DE SEU ÓDIO! Se ela queria vir para a mesma cidade que ele, que viesse... era hora de ela aprender o lugar del... nao. Melhor. De aprender o lugar dele!

Ele abre um sorriso torto, sem se importar muito em como aquilo seria interpretado.

- sim, eu canto, é verdade... e creio que Luxemburgo viverá noites de glória com duas apresentações tão distintas se aproximando, pois obviamente eu irei me apr...Perdoe-me, deve ser um de meus lacaios me atualizando sobre as tarefas que lhes dei.

Nesta hora sente o puto de seu telefone vibrar e parece a desculpa ideal para que ele interrompesse seu fluxo de ódio crescente para olhar o aparelho... Ele vê a mensagem e o rementente, respondendo com poucas palavras antes de voltar-se para a mulher.

- Creio que precisarei ir... tenho muitas coisas para lidar nesta cidade, pois mal pousei e já vim conhecê-la, mademoiselle di Médici. Preciso ainda me apresentar ao Príncipe e não desejo ocupar mais o seu tempo.


O sms continua a seguinte mensagem para Cristoff:
"Mon cher... isso foi um convite? *emoji de sorriso malicioso* Não tenho intenção ou meios de enrabar-lhe, mas posso providenciar o resto. Preciso apenas me apresentar ao Príncipe desta cidade"

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'- Mas, assim?' - diz confusa Renata que logo comenta:


'- Pensei que iria desejar ser apresentada ao Príncipe por sua Primógena...'

A vontade da Primogênita de seu clã apresentar-lhe o pega de surpresa... ele sabia que merecia este trato, mas seu fluxo de ódio não o deixara pensar de forma coerente. É claro, claro qhe ela iria apresenta-lo pessoalmente ao Príncipe. Esse pensamento parece quebrar a corrente dos anteriores e ele agora sorria mais verdadeiramente, com todo seu carisma 5.

- É claro que eu adoraria ser apresentado pela primogênita de meu clã... mas reconheço que vim sem marcar e não sabia se teria tanto tempo disponível para mim. Terei o prazer de ter sua companhia, mademoiselle di Médici?

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Escoltado pela primogênita, Remí a acompanha aonde vai. Quando chegam ao lado de fora da Galeria ele levanta a mão direita chamando a atenção de sua própria carniçal que aguardava em seu carroz fazendo um sinal simples que ela entende de imediato. Aguardando o carro de Renata, ele diz tranquilamente:


- o que faz dele um Brujah tão diferentr assim?

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O carro para. Era uma limusine das mais elegantes. Renata entra e espera que Remí também o faça e deixa que o carro tome as ruas.

 Cena Segue em Ruas de Luxemburgo.