Maison Svarog

A Feiticeira sente ser erguida e levada até a cama pelos poderes de sua irmã de clã. Após estar segura num quarto sem janelas Magus Svarog pergunta se ela precisa de alguma coisa e a Feiticeira fala: 


"- Muito obriga por hoje irmã. Mas se você tiver um pouco do solo parisiense e pudéssemos realizar o ritual do descanso da terra natural me ajudaria ainda mais a me recuperar desse maldito ataque."

'- Não tenho solo parisiense, mas irei providenciar algo para lhe curar algum dano no começo da próxima noite irmã. Tudo bem?' - pergunta a Feiticeira.

A Feiticeira apenas sorri e fala:


"- Obrigada irmã. Até a próxima noite."

Assim que fica sozinha Agatha espera a letargia do sono diurno chegar enquanto mira fixamente em sua mente o rosto do maldito lobo que lhe queimou com o sol.

*Ele vai me pagar por isso!*

Agatha teve o sono agitado especialmente ao final do dia. Seu sono, normalmente profundo como a morte, fora tomado por pesadelos envolvendo sua anfitriã e a Feiticeira acorda com a profunda sensação de estar sendo vítima de alguma feitiçaria. 

A Tremere se senta na cama de sopetão como se acordasse num susto e um pequeno vaso que havia na cabeceira de sua cama explode contra a parede involuntariamente. 

*FILHA DA PUTA!* são as primeiras palavras que ecoam pela mente da cainita enquanto ela pensa na possibilidade de estar sendo vítima de feitiçaria por sua própria irmã de clã. 

A dor havia passado consideravelmente graças as ervas mágicas e a Feiticeira agora tirando a roupa olha para o seu corpo nu pela primeira vez depois do estrago causado pelo sol conjurado pelo lobo. Agatha retira um pequeno espero de sua bolsa e observa o seu rosto agora deformado e queimado e uma pequena lágrima rubra escorre por suas bochechas disformes. Uma lágrima carregada do mais puro ódio. Se concentrando brevemente a vampira usa uma considerável parte do seu sangue para para curar uma parte dos seus ferimentos e apesar de ainda estar bastante ferida ela já se encontrava bem melhor do que estava antes. 

Vingança era a única coisa que vinha a mente de Agatha de Belfour. Ela lembrava cada detalhe do rosto do maldito lobisomem que quase a destruíra. 

*O erro desse filho da puta foi não ter me destruído. Eu só descansarei quando eles estiver ardendo no fogo do inferno depois de todo o sofrimento que eu tenho planejado para ele. E se essa PUTA da Magus Svarog também estiver contra mim, FODA-SE! Eu destruo essa vaca também. Eles vão conhecer agora quem é a Bruxa Má de Estrasburgo.*

Ao concluir seu último pensamento uma idéia passa pela mente da Feiticeira. Ela conhecia alguém que poderia ajudar com sua vingança e não hesitaria nem um segundo para usar tudo que tinha naquele momento. 

A Bruxa se veste novamente deixa suas presas crescerem. ajoelhada no chão no meio do quarto Agatha acende uma vela negra que guardava em sua bolsa. Com suas presas ela rasga um corte em sua mão deixando escorrer seu vitae e desenha um pequeno pentagrama invertido com a vela ao centro. Deixando cair algumas gostar na chama ela murmura o encantamento com intensidade e fevor, deixaria que o seu ódio e desejo de vingança atraíssem a atenção do espírito enquanto repete os seu feitiço: 


"- Contra obsecre hoc spiritum justa ad facientem voluntatum mayhem. Malis omnis ad me venite. Amate spiritus obscure, te quaerimus, te oramus, nobiscum colloquere, aput nos circita. Non vivi, non mortuos. Hi ex interregno spirituum meum et vocavi te. ABIGAIL WILLIAMS, ACUSADORA DE BRUXAS, DESTRUIDORA DE INOCENTES, ALGOZ DAS BRUXAS DE SALEM EU TE INVOCO!"


O encantamento demora alguns minutos para fazer efeito. As luzes do quarto que haviam ficados acesas começam a piscar e uma brisa gélida toma conta do aposento. A Tremere lambe o corte de sua mão e sorri sadicamente enquanto espera a manifestação de sua aliada. Era a hora da vingança. 

*Eles mexeram com a Feiticeira errada.*

A Feiticeira bufa furiosa ao perceber as proteções espirituais da Capela. Escuta o barulho das trancas se abrindo e observa enquanto o lacaios de Magus Svarog vem buscá-la para um ritual. 

Recolhendo seus pertences a Feiticeira apenas replica demonstrando não precisar de ajuda nenhuma:


"- Mostre-me o caminho." Sua voz era séria porém não chegava a ser grosseira. Seu olhar no entanto era feroz. Havia muito ódio dentro da Tremere e a Besta urrava furiosa em sua alma.

SMS: Acordei, minha amada. Estou providenciando algumas coisas para nós e indo me encontrar com Carlent. Tenha cuidado esta noite e saia preparada. Acordei com um péssimo pressentimento.

A Feiticeira segue prestando atenção a tudo em sua volta, em especial ao caminho percorrido. A Capela de Kathryn não parecia na impressionante, mas a Tremere sabia que as aparências podem ser enganosas. 

O Lacaio guia o caminho com uma tocha e em sua atual condição a Feiticeira mantém uma distância saudável dele e do fogo. 

Ao chegar a sala de rituais Kathryn a espera com o que parece ser o Ritual de Recorrer a Terra Natal e Agatha a obedece em silêncio removendo suas vestes e deitando-se na maca. 

*Preciso tomar cuidado com essa vadia. Vejamos o que ela planeja.*

O Ritual é diferente do que a feiticeira conhecia. Uma onda de prazer toma conta de Ágatha quando tocada por sua irmã de clã mas a Feiticeira disfarça como pode suas estranhas sensações. 

*O que diabos ela está fazendo comigo? Tenho certeza que pagarei caro por ter precisado dela esta noite. Maldito seja aquele lobo, vou encomendar sua alma ao diabo para que ela arda em um l gar especialmente tortuoso do inferno. Custe o que custar.*

Após estar completamente curada, a Feiticeira responde sua anfitrã enquanto se veste lentamente. 

"- Sim irmã. Muito obrigada! Estou em débito contigo e não esquecerei como me estendeu a mão esta noite."  A frase tinha um duplo sentido mas era proferida sem nenhum tipo de sentimento. 

Após vestida a Tremere continua: 


"- Magus Svarog eu serei sincera com você. Ontem a noite eu quase fui destruída por um maldito lobisomem e essa foi a primeira vez que algo do tipo me aconteceu em minha não-vida." a feiticeira falava de forma tranquila mas suas feições se transformam de maneira diabólica quando ela continua o restante do seu discurso. 

"- Eu quero a cabeça daquele lobo. Eu quero as três cabeças daqueles malditos vira-latas que me humilharam. Eu quero minha vingança mais do que tudo e estou disposta a qualquer coisa por ela. E por isso quero lhe propor um pacto: Você me ajuda com minha vingança e eu não serei tua concorrente pela regência da capela. Em terás um braço direito se assim desejar, mas eu quero as três cabeças dos lobos para mim. Quero me fartar no sangue dos meus algozes e lhes condenar a um destino pior do que a morte." 

A Feiticeira se cala e encara sua irmã de clã esperando uma resposta.

A Feiticeira aceita o vestido oferecido e põe a vestir-se sem cerimônias. 

Com um sorriso no rosto Agatha continua: 


"- Então temos uma acordo irmã. Que sua regência seja próspera. Eu gostaria de tentar reunir mais informações sobre as criaturas e suas intenções nessa cidade. Marcamos uma reunião hoje no Yab Yum, com os membros do clã da Rosa e alguns outros que consegui recrutar. Por que não nos preparamos bem e decidimos se hoje é o melhor dia para começarmos ou não depois de mais algumas informações?"

A Feiticeira sorri diante das palavras de Kathryn e responde:


"- Sim irmã. Com tanto sangue assim teremos o suficiente para proteger a nova capela de forma permanente contra as bestas da lua."

Sua irmã de Clã então menciona Albertus Giovanni e Agatha pergunta curiosa:


"- Você o conhece irmã?"

A Feiticeira considera as palavras de sua irmã de clã e responde prontamente a sua pergunta:

"- Vingança! Mas também precisamos pensar em como lidar com esses Giovanni. Tem algo em mente pra isso irmã?" 

A Tremere espera a resposta da sua irmã de clã.

A Feiticeira presta atenção nas palavras de Kathryn ao mesmo tempo que percebe o quão agradável é sua irmã de clã. Ela lhe deixa completamente a vontade e isso deixa Agatha um pouco mais tranquila em seu jeito de falar: 

*Por que agora ela parece tão mais agradável do que antes?*


"- Lógico irmã. Temos todo o tempo do mundo. Então façamos o seguinte, vamos nos armar como pudermos para sermos o mais rápido possível enquanto pensamos também em uma distração para os Giovanni, tenho certeza que conseguiremos pensar em algo até o fim da noite. Gosto da sua ideia de trazer um outro inimigo... Vou consultar o mundo espiritual a respeito..."

A Tremere termina de se arrumar e complementa: 

"- Nos vemos então mais tarde no Yab Yum? Preciso consultar os espíritos antes de nossa reunião e tentar conseguir um pouco mais de munição."