Expresso Europeu - Estação Bruxelas

Um taxi para na frente da estação do expresso e dele salta o Brujah Karl Rot carregando um saco de estilo militar com suas coisas. Ele se dirige ao guichê no interior da estação

'- Uma para Luxemburgo.' Diz o brujah para a funcionária do guichê.

Enquanto espera receber a passagem o alemão dá uma olhada em volta já que nunca havia estado naquela estação.

O trem finalmente chega e dele desce um brujah puto da vida. Karl andava olhando para o chão e resmungando a perda da carta de seu primogeno. Num determinado ponto da estação ele para, coloca sua mochila no chão e volta a conferir os bolsos de seu casaco para confirmar que a carta que estivera ali não estava mais.

* -Como esse filho da puta conseguiu tirar a carta daqui?* - Essa pergunta martelava a cabeça do alemão que não conseguia encontrar uma resposta e isso aumentava sua sensação de incompetência.

Karl mergulha mais uma vez em suas memórias buscando algo que tenha passado despercebido e não encontra nada. Ele nota as câmeras de segurança e pensa se os Nosferatus, que controlam o Expresso, teriam feito tal façanha. Ainda nesse looping, uma nova pergunta se coloca

* Peraí... Como é que o sujeito sabia da carta?*

As dúvidas se avolumavam e o brujah resolve guardar um pouco suas preocupações e seguir seu caminho. Ele volta a colocar a mochila nas costa e caminha em direção à saída da estação enquanto pede, pelo celular, um carro em direção ao Elisium da cidade.

Lorenzo finalmente chegara na Estação de Bruxelas. Era tão imponente quanto a de Estrasburgo. Sua viagem havia sido extremamente rápida e confortável, nem parecia estar em um trem e muito menos com outras pessoas. Passara a viagem inteira lendo sem parar seu grimório, aproveitando todo o tempo que podia para os estudos, só percebendo a chegando quando foi chamado em sua cabine.

Ao descer Lorenzo olha ao redor e não percebe a presença de seu amigo e muito menos de alguém que o possa estar esperando para fazer a sua recepção.

O Giovanni pega o celular e busca por alguma mensagem ou ligação perdida de Leon, mas nada encontra.
* - Leon ainda não deu sinal de não-vida, estranho... Porém ainda aceitável...*

Lorenzo pega a sua mala e começa a caminha pela estação, sua intenção era encontrar uma vítima para aplacar a sua fome que não fora saciada desde o início da noite. Mas ele não iria se alimentar naquele momento e muito menos em um lugar com tanta movimentação. Ele apenas iria fazer sua reserva para o jantar.

Enquanto caminhava observou uma jovem mulher sentada sozinha e com aparência desolada e desamparada.
*- Mulheres assim estão fugindo de suas vidas antigas, mas sem saber para onde e nem como irão passar a ter e viver uma nova vida...*

O Necromante caminha lentamente até o lugar vazio ao lado dela, se senta, olha no relógio de forma despretensiosa e após alguns segundo olha para a jovem como não querendo nada.
- Que noite agradável, não acha.
E volta a olhar para a frente.

- Perfeita para viajar, independente dos motivos, com vários tipos de importância. Alguns aflitivos, outros felizes e até mesmo vazio, porém cada um achando o seu motivo essencial em sua própria mente.

A voz do Giovanni era melodiosa, encantadora e muito reconfortante. O tom usado era para acalmar e tranquilizar.

Lorenzo observa a expressão vazia da mulher e continua com a conversa unilateral. Só que dessa vez seria de uma maneira ao qual ela não conseguiria não interagir.

Ficando o olhar no fundo dos olhos da mulher, o Giovanni busca a vontade da mulher e começa a falar com ela novamente.
- Você irá gostar de conversar comigo. Conte-me o que lhe aflige e por qual motivo estás viajando. Depois você irá querer me encontrar novamente para conversarmos mais e mais. Será tão agradável que você sempre que você não vai se opor em me dar seu telefone e toda vez que eu te ligar você me atenderá.

A hipnose havia sido lançada. Bastava agora ver o quão efetiva tinha sido.

Lorenzo pega o guardanapo, lê e depois guarda no bolso.
- É um prazer Sra Montert. Me chamo Lorenzo Giovanni. Creio eu que seu filho chegará bem, não houve nada demais com ele. Mas infelizmente terei que partir. Nos encontraremos logo.

O Giovanni já esperara o suficiente seu anfitrião que não chegará e seria completamente deselegante não se presentar logo para a corte de Bruxelas.

Lorenzo se levanta e fica de frente para a mulher, pega a sua mão e da um beijo no dorso da mesma.
- Com licença. boa noite.
Fala o Necromante enquanto solta a mão de Isolda, pega sua bagagem e vai na direção de um táxi que esteja parado e esperando um passageiro. 

Lorenzo aborda o taxista e pede que o mesmo o leve ao endereço do De Munt/La Monnaie e aguarda a partida dentro do táxi.