[Ellisium] De Munt/La Monnaie

Também estendo a mão e cumprimento ele.

- Correto.

Ele parece ter andado ocupado essa noite.

- Como já havia dito no telefone, gostaria de me apresentar formalmente e fixar residência aqui em Bruxelas. Só quero deixar uma coisa clara antes de falar com o príncipe... não faço parte da Camarilla...

Essa é a tão aclamada "hospitalidade" da Torre de Marfim? Me pergunto o motivo de existirem tantos anarquistas e dissidentes. Ignoro as palavras dele e continuo falando.

- Não faço parte da Camarilla, mas como desejo viver nessa cidade, concordo em seguir de acordo com suas regras e respeitar o príncipe, sua autoridade e leis. Acredito que meu gesto de lhe procurar assim que pus os pés fora do avião, já demonstra que venho de boa fé. Antes de ser expulsa, gostaria de me apresentar ao princípe... se me for permitido...

Era óbvio que Ramón não tem a autoridade para me expulsar da cidade sem consultar o seu superior, a não ser que minha ações de algum modo sinalizarem hostilidade. Mesmo assim, não vou provocar um atrito com ele.

Recebe de bom grado e com um sorriso no rosto de ter cumprido sua função, o aperto de mão de Leon Ju toa suas palavras.

"- É o prazer trazer a um senhor respeitável tamanha algum deleite aos aouvido. Me animo em saber que tenha gostado. E é um tamanho prazer como artista pode tocar nesse belo palco. Não me importaria com tal pedido do Zelador."

Ri de uma forma animada, levemente brincando com a situação. Quando Hugo se manifesta o surpreendendo, por sua animação.
A escolha de palavras dele o surpreende, especialmente considerando anteriormente as primeiras palavras de Lady Donatella sobre não apreciar catolicismo.

*Seria uma provocação a ela?*

Assim que Hugo lhe faz a reverência e inicia os aplausos, o asiático corresponde com reverências inicialmente a Sanders e depois nas outras direção.

"- Obrigado! O prazer foi meu em lhes trazer um pouco de ânimo. E fico feliz que tenham apreciado."

Olha para Hugo, e fala mais baixo a ele, de forma que só quem estava mais perto como Leon poderia ouvir.

"- Agradeço a insistência para que eu tocasse. E fico imensamente feliz em ter apreciado a música. É um feedback importante vindo de um membro das rosas. Além disso, espero ter correspondido ao deleite que tua beleza me traz."

Apenas fico em silêncio enquanto o delegado dá o seu showzinho. Acabo esquecendo totalmente dele ao ser apresentada ao algoz.

- Aysha Al-Fatin, cria de Rashid Ibn Musafir e Hafiq das Espadas de Haqim.

Estendo a mão para ele.

- Primeiramente quero dizer que estou surpresa ao ver um irmão de sangue aqui em Bruxelas e ao mesmo tempo honrada em falar com alguém da linhagem do próprio Amr. Sobre o delegado Alcácer... sinceramente não sei explicar. Assim que cheguei na cidade fiz questão de entrar em contato com ele para seguir com os protocolos de apresentação.

Começo a seguir o algoz enquanto ele me conduz para o que suponho ser o lugar onde o príncipe está.

- Quando falei com ele aqui no Ellisium, informei que não venho de um clã da Camarilla, pois sou uma filha de Haqim. Deixei claro que mesmo assim seguiria as leis da Torre de Marfim e do príncipe de Bruxelas, mas de alguma forma, isso parece ter ofendido ele. Talvez ele tenha me entendido errado.

Leon contribui com suas palmas para homenagear o talento de Henry uma vez mais. O Ventrue mantinha seu simpático sorriso de sempre. Ao final das palavras do Toreador o Ventrue se manifesta:

- Pelo que posso ver também é novo na cidade, certo senhor Sung?

O Ventrue, que tinha uma voz extremamente bela, prossegue:

- É sempre bom criar uma primeira boa impressão... E tenho certeza que o fez.

Corresponde o sorriso charmoso de Hugo.

"- Algumas rosas tem mais espinhos... Como disse foi um início de noite complicado... Mas, dizem que música acalma as feras, então com o tempo devo conseguir reconhecimento da Primógena. Mas o importante que quem eu queria mais agradar nesse momento eu consegui, monsier Sanders."

Lhe dá um leve piscada virando para Leon.

"- Sim, cheguei faz pouco tempo na cidade e vim direto do aeroporto para cá me apresentar tanto ao Principe quanto a Primógena. E considerando que usou a palavra também, é novo aqui. De onde vem, monsier? Pelo nome soa americano."

Leon sentia que o nível de flerte entre os dois Toreadores estava aumentando e logo talvez o Ventrue tivesse que se retirar para dar mais privacidade a dupla, mas logo o jovem oriental destina-lhe uma pergunta. Leon sorri novamente e responde:

- Correto. Sou de Los Angeles. Vivi minha vida, e quase toda não vida, lá. Faz pouco que decidir viajar para o outro lado do mundo e conhecer nossas cidades. Assim como você, cheguei na cidade a algumas poucas horas.

Sorri gentil ao americano.

"- Compreendo. Eu nasci na Coreia do Sul, mas minha nova existência se passou praticamente entre França e Inglaterra. É primeira vez que venho para Bruxelas. Vincent Lyon, meu senhor e criador, achou que seria melhor que eu ficasse aqui no centro da arte européia em segurança, enquanto ele fazia uma investida nas terras do novo mundo, que tão bem conhece senhor Leon."

Faz uma breve pausa e lança um olhar para Hugo.

"- Seria um deleite conhecer essa cidade, num tour guiado por monsier Sanders, não conconrda monsier Kennedy? Os três conhecendo o que tem essa cidade a oferecer? Seria melhor se monsier Flores pudesse nos acompanhar, mas creio que ele necessite ficar e tomar conta das coisas aqui."

Leon deixa um semblante de surpresa tomar seu rosto quando Sung fala quem era seu Senhor. Ao termino das palavras do Toreador, ele volta a tomar a palavra:

- Senhor Lyon é um grande membro da sociedade Cainita. Eu nunca tive o prazer de conhece-lo, mas meu Senhor sempre teceu elogios sobre o seu comprometimento com a Camarilla.

Diante da sugestão, o Ventrue comenta:

- Certamente seria bom ver a cidade com alguém que a conhece tão bem, mas receio que terei de declinar. Tenho muitos assuntos para tratar aqui ainda essa noite.

- Se o convide for estendido para a próxima noite, então podemos combinar esse tour.

Escuto atentamente as palavras do algoz.

- O senhor tem toda razão, acabei esquecendo que estou tratando agora com filhos de Khaynn, eles costumam deixar o ego governar os pensamentos. Farei o possível para me adaptar.

Francamente... Apenas senti vergonha ao ver o delegado se comportando daquela forma, parecia uma criança mimada. Imagino como devem ser os toreadores...

O malkaviana simplesmente desaparece dentro de suas próprias reflexões, depois que é aceita pelo príncipe. Ela deixa a sal aonde foi apresentada e segue para o salão onde o toreador Sung magistralmente executa sua apresentação, mas as vozes em sua mente a deixam desorientada. Os que não a conheciam, a maioria dos presentes ali, poderiam pensar que era uma rosa descontrolada presa pela beleza da música apresentada.

- Não estou tentando fazer teatro, até porque não sou atriz. Sou apenas uma louca que se perdeu nos corredores da própria mente. As vezes eles falam mais alto conosco do que a arte fala com as Rosas.

- Talita, a seu dispor mademoiselle!

Leon olha na direção indicada por Hugo e nota o grupo reunido ao lado do Príncipe. Aproveitando a situação o Ventrue questiona ao dois Toreadores:

- Os Assamitas fazem parte da corte nessa cidade e ainda tem o cargo de Algoz... Imagino que a relação deles com o Príncipe seja boa.

"Já que o Xerife não faz o papel de cãozinho do Príncipe, provavelmente o Algoz faz..."

Pensa Leon enquanto esperava uma manifestação de Hugo ou Henry.

Olha com certa surpresa para Leon ao ver que ele conhecia Vincent, pelo menos por nome. E talvez isso desse um indício do motivo dele ir a América.
Mas logo o declínio de Leon seguido pela atitude de Hugo de salientar o anúncio do príncipe. Leva Henry a entender que não haveria ali nenhum momento de distração pela cidade.
Com expressão neutra, e sem mais questionar sobre, observa a mesma direção que Hugo conforme este comenta sobre os que ali estavam, seguindo o complemento de Leon.
Não tinha nada a acrescentar sobre, pois era um recém-chegado ali, mas acha curioso também a participação de assamitas ali. E espera que informações a mais Hugo os daria.
E por um instante discretamente corre os olhos pelo local em busca de Juan e Lady Donatella.

"Então estava certo... Ele é o cãozinho do Príncipe."

Não poder contar com a ajuda dos Assamitas era ruim, mas se Esther estava certa e a aliança com o Clã Tremere era realmente tão forte, então aquilo não seria um problema.

- Interessante... Definitivamente Bruxelas foi a cidade mais interessante que poderia parar.

Diz o Ventrue enquanto observava o salão novamente, buscando algum representante do Clã Tremere.

Bernard finalmente chega ao endereço, paga o motorista e desce do carro.

"Um teatro! E que arquitetura magnífica. Um pronunciamento... do príncipe. Será que eu precisaria estar vestido de forma diferente? "

Pensava enquanto andava em direção a entrada do teatro.

"Não fiquei sabendo de nada, eles terão que entender, afinal acabei de chegar."

Ele para um momento e olha como está vestido. Um "suéter" preto com gola alta, calças pretas e sapatos pretos.

"Todo de preto  rsrs, que melancólico... Não estou mal vestido... Mas também não estou arrumado para uma festa de gala. Vamos lá.. pensamento positivo. Espero que o humor de Lady Donatella tenha melhorado. "

Bernard dirigiu-se a entrada do Teatro.