Ruas de Bruxelas

Indico o endereço ao motorista e depois disso, fico prestando atenção no caminho enquanto o carro segue em direção ao destino. Após alguns minutos eu começo a puxar assunto com o taxista.

- Você mora aqui em Bruxelas há muito tempo? A empresa onde trabalho me transferiu de Istambul para cá e só avisou poucos dias antes da viagem, acabei não tendo tempo para me preparar direito e pesquisar sobre a cidade.

Demonstro interesse no que o homem vai falar, melhor pegar o mínimo de informação possível com ele do que ficar calada o caminho todo.

Não havia pobreza, ou estavam escondendo ela?

Continuo observando as ruas e fazendo perguntas sobre a cidade para o taxista, até chegar no meu destino.

Assim que seu táxi para em frente ao Elisium, ela entra, entrega um papel com o endereço de seu destino e autoriza que o motorista parta. Logo que o carro sai a sensação de risco faz gelar sua espinha e rapidamente ela identifica um veículo que a segue.

*Maldito seja!*

Imediatamente ela apura sua visão e audição (ativação de auspícios) ao máximo que consegue buscando identificar quem, quantos e que tipo de seres ocupavam o veículo que a persegue. Enquanto busca enxergar já fala ao motorista:

"- Senhor, pode por favor retornar ao local que me buscou, me esqueci de pertences importantes por lá!"

Ela diz tudo sem desviar o olhar do carro, querendo assim reunir o máximo de detalhes sobre o(a) perseguidor(a). Até saber a natureza do que a perseguia o Ellisium era o lugar mais seguro.

Leon se acomoda no bando do carona e espera pacientemente até que Esther quebra o silencio entre eles.

- Que o Príncipe tentou me jogar no fogo diante de todos os presentes para tentar me diminuir. Também acredito que alguém vazou informações daqui de dentro para os lobisomens, mas por mais que suspeite eu não posso dar certeza de quem...

Ele acreditava que o Príncipe tinha seus dedos asquerosos totalmente envolvidos nesse assunto, mas não podia dar certeza de nada ainda.

- O Clã Toreador é uma incógnita para mim. Enquanto existem membros como o senhor Sanders e o recém chegado Bernard que parecem querer ter um bom relacionamento com nosso Clã, existem alguns como Donatella e Sung que certamente devem preferir se misturar com os ratos.

Ele olha o celular, conferindo as horas e em seguida volta a falar:

- O Clã Brujah me interessa... O Xerife mais especificamente e o outro novato parecem membros interessantes de se ter por perto.

- Quanto aos outros Clãs, muito cedo para falar... Os Tremere enviaram ajuda no ultimo instante, mas parece ser alguém promissor. Sem duvida alguma nunca fiquei tão feliz de ter um feiticeiro do meu lado.

Leon então olha para Esther, esperando que ela dissesse o que passava em sua mente.

'- Comece a tratar os Tremeres como aliados se pretende ascender nessa corte, tanto aqui, quanto em Luxemburgo e em Estrasburgo, embora cada um dos clãs tenha seus métodos e seus objetivos, temos uma aliança muito sólida. O Príncipe o atacou por ver em você uma ameaça em potencial. Eu e Eva estamos de passagem, você é um Ventrue que veio para ficar, os olhos dele estarão sempre em cima de ti.' - comenta Esther no carro. 


A Ventrue dirigia, visto que o carro era de dois lugares e o lacaio apenas havia o trazido até a porta. Enquanto seguia dirigindo, comenta:


'- Não conheço essa recém-chegada, mas sugiro que procure também Rebecca Lloris. É uma máquina de guerra e poderá ser útil. Quanto aos Toreadores, à exceção de Sanders, são um bando de inúteis. Use-os como isca, não servirão para nada além disso.'


Uma nova pausa e comenta:

'- Uma aliança com o Xerife é importante. Imgram e Quasímodo são aliados, mas Uther é uma pedra no sapato deles. Não é aliado nosso, mas gostaria que fosse. Assim como o Primógeno Malkaviano, o maior entendedor de lobisomens dessa Seita. No entanto, alguém de hábitos detestáveis...'

Leon ouve com tranquilidade tudo que é dito por Esther enquanto ponderava sobre aqueles assuntos. Ter os Tremere como aliados era algo bom demais e ele não seria louco de prejudicar essa "amizade".

- Não conheci o Primógeno Malkaviano, mas vou procurar me informar sobre ele. Aproveitando... Pode me falar um pouco mais sobre Uther?

Diz isso enquanto pega o celular e envia uma mensagem para Sung e Aysha.

*Droga, só pode ser um maldito Assamita! O que esse desgraçado quer comigo?*

Imediatamente a feiticeira saca o telefone e envia uma mensagem idêntica para Habbsburg, Rebecca e Leon.

# Aqui é Laima. Estou em um táxi com um humano sendo perseguida de carro por um assamita com uma bazuca. Não existem sons e estou nas proximidades do Elisium. Por favor me ajude. #

Ela tira o som de toque, guarda o celular, pula para o banco do carona e faz sinais ao motorista pra que ele acalma-se e retornasse. Ela olha em volta em busca um novo retorno rumo ao Elisium ou qualquer sinal de um parque arborizado ou afins. 

Ela teria alguns segundos pra decidir, ou conseguiria um retorno pro Elisium ou abandonaria aquele táxi e buscaria uma rota de fuga para si. Afinal, pelo que parecia o alvo era ela.

Leon esperava a resposta de Esther quando seu celular acusa a chegada de uma mensagem. Esperava que fosse Sung, mas não esconde sua surpresa ao ver que se tratava de sua aliada do Clã Tremere.

- Laima está com problemas.

O Ventrue faz uma pausa, relendo novamente a mensagem e então comenta com a Primógena:

- Ela diz que está sendo perseguida por um Assamita com uma bazuca. Ela está em um taxi nas proximidades do Elisium. Ela não está conseguindo emitir nenhum som.

As informações passadas não ajudavam muito, principalmente porque "proximidades do Elisium" era algo muito vago, mas esperava que Esther começasse a fazer o caminho de volta. Enquanto isso, Leon digita uma mensagem:

"- Me envie o número de uma rua ou ponto de referencia. Qualquer um."

O motorista estava tão nervoso que o carro se choca sem conseguir entrar na ponte que parecia ser um retorno. Ao olhar pra trás ela percebe que o carro que a perseguia para um pouco atrás, ela olha (auspícios) tentando identificar o que ele faz enquanto pega seu celular na bolsa

*Maldito humano descontrolado!*

Laima pega o telefone e lê as mensagens de Leon e Rebecca, respondendo imediatamente mensagens idênticas para os dois.

# O humano bateu com o táxi. Estou numa viela estreita com dois becos que dá em uma ponte estilo veneziano, ela passa por cima de um rio que me parece cortar a cidade. Vou por ali em busca de uma via principal. #

E digita uma segunda mensagem para Leon.

# Na beira de um rio devem haver árvores, me procure por ali. O assamita segue aqui, cuidado. #

Laima coloca o celular dentro da bolsa, a pendura cruzada em seu corpo para não perder e se prepara para correr. 

Ela concentra toda a força de seu sangue para ser ágil na corrida. A feiticeira sai do carro e dispara correndo em direção à ponte, seu objetivo era cruzá-la e certamente haveriam árvores na margem do rio.

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OFF:
Gasto de 3 pontos de sangue pra destreza
6 de Destreza nessa cena

Leon ouve o pedido de Esther, mas antes que pudesse digitar algo Laima já havia lhe enviado novas mensagens.

- Ela está em uma viela estreita que da para uma ponte estilo veneziana. Ela está indo em direção ao rio. O humano dela bateu com o táxi.

O Ventrue então aguça seus sentidos, na esperança de ouvir alguma coisa enquanto seguem em direção ao local indicado por Laima.

"Malditos Assamitas. Dessa vez não escapam de mim."

Leon ouvia o comentário de Esther, mas não diz nada de imediato. O Ventrue não conhecia a cidade, mas certamente um local como aquele dava total liberdade para o Assamita usufruir de todos os seus poderes.

"Talvez ela tenha feito isso exatamente para poder usar os seus..."

Pensa Leon, tentando racionalizar aquela atitude, enquanto deixa seu sangue circular por seu corpo, aumentando sua força, velocidade e resistência para o possível combate.

Off:
Leon gasta 3 pontos de sangue para aumentar 1 de força, 1 de destreza e 1 de vigor.

Em meio a sua corrida, a Tremere perde os sinais visuais do assamita, ela credita isso aos poderes sobrenaturais do cainita e segue correndo. 

Não mais que de repente, Laima ouve sons de um carro em alta velocidade vindo em sua direção, o que a leva a parar e dividir seu olhar entre o carro que a perseguia e o que chegava pela contramão.

* Que não sejam reforços do desgraçado Assamita! Inferno! *

Apurando ao máximo a sua visão ela identifica a figura de Leon, os reforços eram seus. E o Assamita também sabia disso, ela ouve o motor do carro no beco ser ligado.

* Maldito seja seu desgraçado! *

Assim que o carro dos Ventrue para na entrada da ponte Laima se apressa em direção a eles falando alto:

"- Ele viu vocês chegarem e está fugindo pelo beco naquele carro! Ele tem uma bazuca mas parece estar sozinho!"

Leon se segura no "puta que pariu" do carro para não ser arremessado de um lado para o outro dentro do carro. Mesmo com o cinto de segurança o Ventrue sentia seu corpo ser forçado repetidas vezes na direção oposta devido aos movimentos bruscos de Esther ao volante.

"Onde essa desgraçada aprendeu a dirigir?"

Pensa Leon ainda surpreso com a perícia da Primógena.

Logo, a dupla pode avistar Laima no horizonte. A Tremere parecia inteira e aquilo era bom sinal. Assim que ela se aproxima e fala sobre o maldito estar fugindo Leon se sente compelido a ir atrás dele, mas considerando as prováveis habilidades combatentes do grupo era esperado que seriam três vitimas do maldito filho de Haquim.

- Avise seu Primógeno. Diga que um Assamita estava atrás de você e que pretendia atentar contra sua vida.

Se tinha uma coisa que Leon tinha certeza era que os Tremere iriam adorar trucidar aquele Assamita quando o pegasse. Se fossem caçar o maldito, quanto mais membros envolvidos na caçada, maiores seriam as chances de pega-lo.

Deixa que Esther concordasse ou discordasse de seguir o maldito. Já era a segunda ação do Clã contra os Ventrues e seus aliados. Se dependesse de Leon ele não iria parar até descobrir quem era o infeliz por trás disso tudo.

Leon abre a porta do carro para Laima, mas considerando que o mesmo só tinha dois lugares, espera uma reação da Tremere.

A Tremere ouve a recomendação de Leon e responde com calma mas sem entender bem pq ele achou que ela ainda não tivesse feito isso:


"- Sr Kennedy, me parece bem óbvia a sua recomendação. Eu fiz isso na primeira mensagem que lhe enviei. Não imaginava que o humano fosse tão incompetente na sua profissão e batesse com o carro. Não pude manter contato desde então."

Assim que ela toca sua bolsa em busca do telefone, percebe Leon abrindo a porta pra que ela entrasse. Naquele carro só haviam 2 bancos. Não tinha jeito, valia tudo pela cabeça do Assamita numa bandeja de prata.

"- Sr Kennedy, se você ou sua senhora não se incomodarem, posso dividir o banco com o senhor! Considero um pequeno preço pela cabeça do desgraçado."

Ela se aproxima da porta do carona esperando a posição da senhora que o acompanhava, a quem ela nem mesmo sabia de quem se tratava. Em caso positivo ela teria toda a agilidade pra subir!