[Ellisium] De Munt/La Monnaie

O táxi da Assamita chega.

 Cena continua em Ruas de Bruxelas.

O Toreador se vê distraído com seus pensamentos e o movimentos das pessoas e suas roupas cores, sons ambientes. Se perdendo completamente por um tempo, parado observando tudo e ao mesmo tempo nada.
Quando retoma a si estava sozinho e já era tarde.
Observa então de verdade o local atento, buscando a figura de Juan e do Principe pelo local.

Se aproxima com cuidado e delicadeza do Zelador.

"- Monsieur Flores. Gostaria de novamente agradecer o espaço que fora cedido em sua organização para que eu pudesse tocar. E novamente elogiar a beleza do local que mantém."

'- Obrigado monsieur Sung, suas palavras são um deleite para meus sensíveis ouvidos. Sua apresentação foi magnífica.' - diz sorrindo ao coreano.

Sorri de volta educado.

"- Agradeço o elogio e novamente a oportunidade de poder me apresentar e tentar corrigir uma apresentação ruim a Lady Donatella, creio que estava nervoso e intimidado com sua beleza minha chegada. E afirmo que deleite sentiria aqui qualquer artista em poder se apresentar nesse belo teatro."

Faz um breve reverência.

"- Gostaria de lhe dizer isso antes da noite finalizar. Me despedir de forma educada. Mas admito que adoraria ficar mais tempo nesse local inspirador. Novamente obrigado por esse espaço e hospitalidade."

Pela primeira vez segundo educação ocidental oferece a mão para um cumprimento.

A expressão do rosto do coreano aprece levemente envergonhada.

"- Ah, verdade, me entreti tanto com o local que acabei perdendo noção do tempo. Desculpe o novamente lhe trazer incomodo, mas aceitarei a oferta de acomodações. Qualquer coisa está bom. Obrigado monsieur Flores, por ser tão gentil anfitrião."

Faz a ele uma reverência junto de um sorriso.

É conduzido a um confortável aposento onde já repousava ali um vampiro, era um rosto conhecido, Bernard.
Com cuidado, adentra o local, deixando mala e violino  num canto, retirando sapatos, paletó, camisa e cinto, fazendo as roupas ficarem o mais confortáveis possível, se sentia cansado de mais para trocar as vestimentas, além do barulho que faria, e não sabia como Bernard poderia reagir se acordasse e o visse ali dormindo nu. De meias, calça com botão aberto, ele deita e dorme.
O sono apesar de o descansar não é nada confortável, pesadelos por todo ele. Seu maior bem e aliado, o violino era no sonho seu maior inimigo junto aquela risada dela.
Acorda assustado, provavelmente se estivesse vivo, estaria ofegante e transpirando. Seu olhar logo corre para onde estava o violino no case. Estava exatamente onde ele havia deixado.
Por um instante existente toma o case em mãos, abre e observa o violino com cuidado.

*Tudo normal... amkae... Nem dormir em paz me deixa...*

Fecha a expressão um instante e então observa o ainda adormecido Bernard enquanto reflete sobre o sonho.
Força um suspiro e com cuidado coloca o violino no lugar, toma o celular em mãos e envia uma mensagem a Vincent.

"CHEGADA CONTURBADA ASSIM QUE PUDER LHE ENVIO INFORMAÇÕES MAIS PRECISAS."

O sonho e a reflexão o leva então a tomar algumas decisões, e toma o celular observando o número de Leon Kennedy, e decide lhe enviar uma mensagem, mas depois, talvez fosse muito cedo ainda para o incomodar.
Segue então ao lado de Bernard com expressão calma e neutra, se senta ao lado do corpo deste, se inclinando em seu ouvido e sussurrando com gentileza. Ele poderia ser útil em suas decisões ali, se fosse cuidadoso.

"- An-nyeong-ha-se-yo..."

OFF:
Amkae - vadia em coerano
An-nyeong-ha-se-yo - boa noite em coreano

Bernard aos poucos acorda e escuta bem perto de seu ouvido, um boa noite.

* Quem será que é? *

Ele se vira lentamente, estava sem óculos mas enxergava Henry perfeitamente, sentado ao seu lado. Ele se levanta, revelando oque estava vestindo, "kigurumi" de pikachu, estava o vestindo pela metade, pois deve ter aberto quando ele se levantou, o deixando vestido apenas da cintura para baixo.

Sabe... Sr Sung. Não me disseram que eu teria que dividir quarto com alguém.

Bernard olha para o lado, sorri e passa a mão nos cabelos.

Mas isso não quer dizer que eu tenha ficado com raiva.

O Toreador coloca as duas mãos na cama para apoiar-se, como um gato e se inclina para a frente, de encontro ao rosto de Henry, respirando, apesar de não precisar.

Boa noite, Henry.

E sorri docemente, com menos de um palmo de distancia do rosto do outro Toreador. Bernard segura delicadamente o queixo de Henry e pergunta, fazendo uma carinha triste.

Você não esta zangado comigo, está?

Observa a roupa do outro tentando não mostrar reação. Mas intimamente ria do pijama de Pikachu, sabia que muitos vampiros abraçados jovens tinha problemas em crescer, ele mesmo tinha os seus, ainda mais por no mundo humano ser tratado como jovem e definitivamente ser um vampiro bastante novo, porém, preferia ficar longe de vestimentas com ares infantis. Mas não criticava o outro só achava curioso, e talvez um pouco desconcertante.
Mas o real desconcerto vem a ele ao observar as reações de Bernard ao acordar. Primeiro questionando sobre "dividir o quarto", estava apto a responder prontamente aquilo, mas deixa de lado, com o continuar do outro.
Fica surpreso com a proximidade do outro, e o segurar em seu queixo, antes na noite estava com um comportamento bem mais tímido do que tinha agora. E com certa manhã lhe questiona sobre estar bravo com ele.

* Era jogo e encenação? O que ele quer? Bom...*

Abre um sorriso polido e educadamente responde a ele, sem se mover ou afastar ou mostrar qualquer repulsa ou estranhamento àquele toque.

"- No momento foi um fator complicador para negociações, mas não tenho motivos para me zangar. Ainda mais agora, assim..." - coloca sua mão de forma delicada envolvendo a mão de Bernard que segurava seu queixo - "Não tenho motivos para me zangar com você, já que oficialmente não faço mais parte do grupo de caça das bestas da lua, e em nada tais negociações me envolvem... Diferente de você que foi apontado pela Primógena e anunciou abertamente sua participação. Seria algo bastante desonroso um abandono da sua parte."

Leva a mão que estava em seu queixo ao lábio e beija o dedo de Bernard e então o solta.

"- Eu não tenho nada a me zangar com o Monsieur Bernard... E creio que mesmo longe do grupo possa o ajudar, numa questão de apreço por clã e nacionalidade. Se aceitar claro."

Sorri a ele, e então se aproveita da distância curta e fala o mais baixo que pode a ele em coreano.

"- Donatella está te jogando aos leões, ela e os Nosferatus contam com o fracasso de Leon, para humilhar mais o clã Ventrue. Cuidado com decisões que toma e como as faz. E cuidado com arroubos emocionais, lembre-se que tudo na superfície é lidado num jogo social de gentilezas. E é melhor que as coisas fiquem assim."

Dá a Bernard uma piscadela, então se aproxima dele ficado a milímetros dos lábios se tocarem e sorri com ar de criança travessa. E logo se afasta, levantando e indo em direção às suas coisas falando num tom normal de voz.

"- Creio que seja melhor nos arrumarmos, muita coisa nessa noite, e podemos nos divertir e nos conhecer melhor depois, como estávamos a pouco aqui, monsieur Bernard."

Agradeço a sua preocupação. Sr Sung.

Bernard da um sorriso para Henry. O Toreador então se levanta e tira o resto do pijama ficando só de cueca na frente do outro.

Vou me vestir... não precisa olhar para o outro lado. Se não quiser.

Bernard ri abre sua mala e pega algumas peças de roupa e começa a vesti-las.

Esse sono foi libertador Sr Sung... o Sr não acha? Dormi como um anjinho. E quando acordei, "caiu a ficha" que eu estou longe de Sebastién, sozinho. Pela primeira vez sozinho. Eu deveria me permitir certas coisas.

Bernard termina de se vestir.

E então? vamos a algum lugar?

Sem se importar muito com o outro, e sua falta de vestimenta, Henry apenas ajusta a calça que usava, calça os sapatos, pega na mala que levava uma camiseta, uma jaqueta esportiva, guardando a camisa e paletó que usava na noite anterior, e por fim coloca um boné na cabeça. Estava com roupas bastante comuns a um adolescente da época. Nada formal, mas ainda na moda, e com estilo, jogo de cores e cortes das peças impecáveis.
Gostaria de tomar um banho, não que estivesse sujo, mas pela situação reconfortante que era aquele ato, porém achava um abuso pedir isso ao zelador que lhes oferecera gentilmente um abrigo para o dia.
Enquanto se arruma ouve Bernard falar sobre ter tido uma boa noite de sono. Coisa que ele não tivera. E dá ao outro apenas um curto sorriso sem graça.

"-Bom que pode dormir bem... Quanto a estar sozinho... Se permita, mas faça bem as suas escolhas, se puder..."

Termina de se arrumar, tomando a mala de mão e o case do violino consigo, numa situação normal já teria dado início aos primeiros exercícios musicais pelo despertar ali mesmo, mas o pesadelo somado a presenta de Bernard o deixaram receoso daquilo. Apenas tamborila de leve os dedos no case enquanto ouve o outro lhe questionar onde iriam.

*Fala em liberdade... E espera eu o guiar? Um tipo de condicional talvez?*

Com expressão neutra olha para o outro já também arrumado. E fala de forma cortês.

"- Não seria de bom grado ficar a noite toda num quarto cedido apenas para o sono, não gostaria de passar a imagem de folgado. Pretendo primeiro me dirigir até o Zelador, e o agradecer pela gentileza de nos oferecer abrigo. Após isso, tenho algumas coisas pessoais e imagino que monsieur Bernard tenha algum trabalho para realizar nessa noite, talvez sobre a investigação das bestas da lua, não?"

Bernard escuta Henry e responde

Sim, realmente tenho que falar com umas pessoas... sobre essas bestas da lua. Você é bem cruel Sr. Henry... me lembrando dessas coisas logo quando acordo. Mas enfim... Eu também preciso agradecer ao zelador.

O Toreador pega suas coisas, olha para Henry

Você tem meu número, caso queira falar comigo em algum momento. Até outra hora Sr Sung.

Bernard sai do quarto dando uma piscada para Henry, e anda calmamente pelos corredores do elísio tentando encontrar aquele lhe cedeu o quarto, para que pudesse agradecer. E depois ligaria para Aysha, afinal só restou ela.

Bernard responde o lacaio

Oi, boa noite querido, qual o seu nome? Eu me chamo Bernard e estou procurando o Sr Flores, para agradecer pelo aposento que me foi cedido para descanso. Mas acho que ele não esta aqui. De qualquer forma, poderia avisa-lo que o procurei? Por favor. E você conhece algum hotel, confortável, bem localizado... enfim, um bom hotel? Acabei de chegar na cidade e preciso de um local para ficar.

O Toreador esperou a resposta do lacaio, será que ele indicaria o mesmo hotel da noite passada?

Bernard sorriu para o lacaio.

Muito obrigado Sr Donovan.

O asiático da um passo para trás como se fosse sair e então volta ao lacaio.

Oque foi que aconteceu ontem Sr Donovan? Poderia me dizer?

Bernard perguntou docemente para Robert, parece que o problema havia sido grave no outro hotel.

O Toreador ficou surpreso com a notícia, porém não deixou transparecer.

Muito obrigado Sr Donovan, preciso ir agora, foi um prazer conversar com o Sr. por favor transmita meus agradecimentos ao Sr Flores e até outra noite, creio que nos veremos mais vezes por aqui.

Bernard fez uma reverencia educada de despedida e caminhou até o lado de fora do elísio, enquanto andava até lá, pensou em ligar para Aysha mas achou melhor não, primeiro deixaria suas coisas no Château Rouge, andar com bagagens era um estorvo, e depois ligaria para ela para saber a real situação do grupo de caça, se isso que aconteceu tivesse posto um fim a missão de capturar as bestas, era um alívio. Ele anda até a calçada com suas bagagens, observa a noite e acena para um táxi.

Até pensava em responder quanto a ser cruel, mas seria perda de tempo ali, observa Bernard sair e sem o esperar, imaginava que iriam juntos falar com o zelador, mas aparentemente ele estava sensível em demasia com a questão e preferiu seguir sozinho. Henry aproveita então para checar por um instante seu violino, abrindo o case e o observando, parecia tudo normal. Talvez ele ainda estivesse também receoso com a questão do pesadelo. E seguiu então Bernard ficando há alguns metros de distância.
Era melhor respeitar sua privacidade.
Porém a pouca distância que estava o permite ouvir a conversa que o outro tinha com o lacaio.
Assim que Bernard se afasta ele se próxima do mesmo lacaio de forma educadamente.

"- Monsieur Donavan... Correto? Espero que esteja tendo uma boa noite. Poderia me informar por gentileza quem se encontra aqui no Ellisium? Eu gostaria de agradecer a hospitalidade de Monsieur Flores."

Bernard entra no táxi.

Boa noite. Me leve até o Château Rouge, por favor.

O Toreador fala calmo e educadamente ao taxista. Estava curioso sobre esse lugar, queria chegar o quanto antes, para se acomodar e falar com a Assamita.