Mansão Giovanni - Refúgio de Albertus Giovanni

Mafalda observa o show perpetrado pelo Pisanob. Primeiro faz toda aquela cena mordendo a jovem Polaca, alertando a todos. Depois, a passos pesados, sai correndo em direção aos corredores, podendo a Brujah ouvir o bater de portas. Pura birra, pensa ela. Sentia-se num daqueles programa de auditório, que discutiam casos de família.

* E no programa de hoje... "Meu Ancião não para de brigar, mas eu me comporto feito uma criança da noite." *

Atônita, imperava um silêncio constrangedor de alguns segundos, até o momento que ela se volta para o Geladeira. Seus movimentos eram rápidos, assim como a sua fala. Sacudia as mãos, agitando-as velozmente, tentando gastar os efeitos da disciplina, enquanto conversava amenidades...

"- Então, Milorde... Estou curiosa, como o Milorde conseguiu um bichão desses?"

Fala ela, indicando um dos lobisomens-zumbis.

Albertus observa a cena patética e, após a pergunta de Mafalda, apenas ergue o olhar na direção da Brujah e pergunta:

'- Sério?'

A conversa é interrompida pelo barulho da janela do andar superior sendo quebrada. Em Frenesi, Lorenzo partia bestialmente em direção às ruas o que parece deixar Albertus bastante irritado, mas ao invés de seguir para fora da casa, ele vai mais para dentro, em direção ao que seria a cozinha da mansão.

Mafalda estava sozinha com dois lobisomens-zumbi na sala. A Brujah nota que na presença dos lobisomens, a piroca morta mole parecia vibrar de leve.

Lorenzo está sob controle da Narração até sair do Frenesi.

* Sério, ué!? *

A pergunta da Brujah era genuina. Genuinamente interessada em conversar sobre qualquer outra coisa que não seja a cena de criança birrenta perpetrada pelo Pisanob. Porém, antes mesmo de qualquer resposta, o barulho de janela quebrada anuncia algo ainda pior. A irritação do Albertus é acompanhada por Mafalda levando a mão ao rosto. Não precisavam falar nenhuma palavra. Enquanto o Giovanni segue para a cozinha, Malfada seguia para a porta de entrada. O seu caminhar apenas é interrompido quando a trouxinha começa a vibrar, para o seu espanto, nojo e ira. Olhando para o amuleto, ela fala em plenos pulmões:

"- MINHA NOSSA SENHORA DOS CARALHINHOS! ME AJUDA..."

Fazendo um capitaozinho no pau vibrante e com bem menos noção do perigo, a Brujah não consegue mais controlar sua língua, enquanto segue falando em direção à entrada.

"- PELUDÃO 1! PELUDÃO 2! AO MEU LADO, NÃO SAIAM DA CASA SEM QUE EU FALE E DERRUBEM O TROUXA QUANDO ELE ENTRAR, PORQUE O CARALHO QUE ME AJUDE, SE EU PEGAR ESSE MERDA, EEEU MAAATOO..."

Ao final da fala, Mafalda abre as portas da entrada com toda a força e vê qual era a cagada da vez.

OFF: Gasto de mais 1 pnt de sangue para rapidez. E mais 1 pnt de sangue em Destreza.

A cena que Mafalda vê não é animadora. Por mais que estivesse em rapidez, Lorenzo já havia ganho alguma distância com seu salto e estava naquele momento sendo atropelado pelo taxista que havia sido chamado. As presas expostas de Lorenzo e seja lá o que ele tinha feito pareciam no mínimo potencial risco, para não dizer quebra imediata da Máscara.

Somente um dos Lobisomens Zumbi segue com Mafalda e para com ela ao lado da porta, provavelmente também sendo visto pelo retrovisor do carro. O Necromante Frenético no entanto é erguido no ar e Mafalda pode ver duas almas de mulheres se materializarem e "acalmarem" Lorenzo que volta ao seu estado normal, totalmente desorientado e é largado aos pés de Mafalda.

O carro quebra os portões e vai embora da mansão em alta velocidade. Definitivamente a Máscara havia sido violada.

Tudo junto e misturado. Era a ordem dos eventos assim que Mafalda abre as portas. Lorenzo é atropelado. Taxista cagão sai disparado. Almas penadas levitam o Birranop e o deixam aos pés da Brujah, mas os olhos da Mafalda são de puro ódio e raiva assistindo o Rick arrombar os portões da Mansão.

"- ÓTIMO! MA-RA-VI-LHA! TÁ ASSIM Ó, DE PARABÉNS! CÊ SÓ FUDEU TUDO!"

A verborragia incontrolável saia da boca da Brujah a uma velocidade acima do normal. As palavras eram acompanhadas de palmas lentas, que sob influência da Rapidez, tinham um outro efeito. Com todo gosto, Mafalda pega Lorenzo pela gola e põe ele de pé. Segurando a gola com uma das mãos, ela aproveita o momento de confusão e toma para si o amucaralho do punho do jovem Giovanni.

"- Presta atenção, Lorenzo! Esse é um desses momentos que você NÃO RETRUCA! Eu vou arrumar um transporte para a gente seguir o Rick, pois você não APENAS quebrou a máscara! Você envolveu a mim e também ao seu Ancião! OLHA QUE DELÍCIA, NÉ?! Use esse tempo para dar um jeito de localizar o táxi, se você não quiser acabar fudido com os outros antes de você, entendeu!? Te vira e consegue isso, pois a gente tem um táxi para pegar!"

Mal ela termina sua frase, Mafalda deixa Lorenzo na entrada, partindo em direção a garagem da Mansão. Ao chegar, a Brujah se depara com uma coleção de carros. Já arrependida e com muito nojo, ela esconde e arruma os dois amucaralhos no bojo do sutiã, um de cada lado, enquanto procura alguma chave. Não teve sucesso.

* CARALHO! QUE TIPO DE GENTE TEM PIROCAS NO ARMÁRIO MAS NÃO TEM CHAVES NA GARAGEM!? *

Em passos rápidos, Mafalda retorna a casa. Não tinha tempo a perder e a cada segundo o taxista estaria cada vez mais longe. Razão pela qual sai vasculhando em busca uma chave de carro. Finalmente, encontrando-a, no escritório do Geladeira. Somente quando ela se dá conta de onde ela está é que reflete não ter sido a melhor das ideias sair vasculhando. Mas já tinha o que queria, estava com chave na mão e sairia dali antes que desse mais merda.

Lorenzo tenta falar mas começa a se engasgar e cai no chão engasgando com o próprio sangue numa cena não menos que patética. Mafalda parecia prestes a sair com a chave de um dos carros de Albertus na mão quando uma explosão é escutada pela Brujah não muito longe dali.

Albertus retorna do interior, olha para Mafalda e apenas diz:

'- Esqueça o taxista que já resolvi, cuide do seu namoradinho engasgado...'

O ancião sobe para seus aposentos enquanto as duas pirocas-amuleto vibravam nos seios da Brujah pela presença dos dois Lobisomens-Zumbi.

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A merda já havia sido feito. O Giovanni sucumbiu ao frenesi por um capricho. Quando finalmente acorda, Lorenzo totalmente atordoado se vê caído aos pés de Mafalda. Ainda atordoado ele aguarda o falatório, os resmungos e os sermões característicos de Mafalda, que não tardam a chegar. Sem pronunciar uma palavra Lorenzo apenas ouve e ouve.

Pego de surpresa ele é suspendido por Mafalda, mas não exerce nenhuma resistência ao fato de ser levantado e de ter o amuleto rounado. Depois de deixar ordens Mafalda sai em busca de carro. E quando o Giovanni tenta começar a pensar na maneira de conseguir localizar o táxi, a sua cabeça começa a girar vertiginosamente e o sangue que havia ingerido lutou com todas as forças para sair do estômago do cainita que perde a disputa e começa a vomitar na parte da frente da casa.

Uma explosão não muito longe chama a atenção de Lorenzo. Pelo visto já haviam conseguido resolver o problemas. Se reerguendo ele aguarda novamente a Mafalda nada divertida e falatório.

Pouco após sair do escritório do Giovanni, Mafalda é parada de surpresa pelo Geladeira, com um arrepio que vai da espinha à nuca. Instintivamente, com um sorriso amarelo, Mafalda cruza os braços sobre os peitos. Era óbvia a tentativa de disfarçar a vibração causada pelos amucaralhos.

Em sua cabeça, ninguém gostaria de um estranho fuçando suas coisas. Muito menos um ancião. Mafalda estaria pronta para dar uma explicação bem lógica ao porquê estar com a chave de um seus carros na mão, mas quando antes de poder falar qualquer coisa, uma explosão ao longe corta o silêncio...

* Tô fudida...*

Em seguida, Albertus fala sobre o taxista e ironicamente fala para Brujah cuidar de Lorenzo. Mafalda o cumprimenta com o menear de cabeça enquanto observa o Ancião subir as escadas. Era primeira vez que ouvia do frio Giovanni uma palavra de sarcasmo e havia uma razão. Volta o seu olhar para o Pisanob regurgitando sangue. Chegamos no ponto de tamanho ridículo que o Geladeira fez uma piada, pensa ela.

* A minha sorte é ter gente mais fudida... *

Concluí o pensamento olhando para Lorenzo, com as mãos já na cintura, imaginando o quão patético aquilo era. A perda de tempo, a quebra da máscara e agora isso: babá de vampiro birrento. Após alguns segundos fitando aquela cena, ela balança a cabeça, fazendo um sinal negativo com as mãos, enquanto segue caminhando até uma das Polacas ainda vivas.

“- Nem a pau... Primeiro ficar cem por centa de novo, depois eu cuido de você...*

Frente a frente com a jovem, ela afirma:

“- Perdõe-me, chérie, mas não temos tempo..."

Mafs abruptamente morde o pescoço da Polaca, alimentando-se ao máximo que pode, deitando-a no chão a medida que desfalece. Uma lambida ao final na marca das presas.

“- Agora sim, ma petite, rêver avec les anges..."

Em seguida, vai em direção ao Bebê Chorão na entrada, apenas para vê-lo já de pé. Com uma voz neutra, ela o entrega a chave do carro.

“- Ótimo, aqui está a chave do carro. Vá abrindo a garagem. Temos trabalho a fazer e você precisa se alimentar ainda."

Aguarda a confirmação do Pisanob. Havia ainda uma última coisa a fazer antes de ir...

Mafalda não entende a razão daquela inércia toda. Talvez Lorenzo ainda estivesse fora do ar. Talvez fosse apenas teimosia do vampiro. A única certeza daquele momento era o silêncio constrangedor em que Mafalda estava de braço estendido, oferecendo a chave do carro, e Lorenzo sem dar resposta alguma.

Olhando fixamente para o Pisanob, a Brujah não estava nada satisfeita. Era nítido, para ela, que ali se instalava uma queda de braço. A obrigação de mostrar, mais uma vez, ser ela - uma mulher - que está no comando. E Lorenzo não era mais homem que ela...

* Pau por pau, eu tenho dois... *

Ainda encarando Lorenzo, ela guarda a chave no bolso da calça e ajeita os dois seios vibrantes.

"- Peludão 1. Peludão 2. Vão para o mundo espiritual. Vocês vão nos escoltar do lado de lá."

Aproximando-se de Lorenzo, ela continua, ainda sem levantar a voz:

"- Sabe de uma coisa, Lorenzo? Por muito tempo da minha vida eu vi homens esquecendo que eram homens para agir feito animais. Sorte sua é que eu sei bem como lidar com animais..."

Com uma das mãos, Mafalda agarra a parte de trás da gola de Lorenzo e começa a arrastá-lo até a garagem...

"- Sinta-se livre para quando você quiser usar os seus pés, mas você vai entrar naquele carro agora!"

Surpreso e sem reação, Lorenzo é guiado até o estacionamento.

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A perda de consciência e de humanidade deixaram um Giovanni completamente catatônico. Não só aconteceu aquilo tudo como seus estômago colocou as coisas para fora. Perdido em pensamente Lorenzo não ouve e nem vê Mafalda a sua frente falando.

No meio dos pensamentos ele se concentra em sentir e se comunicar com sua aliada espiritual e depois de um tempo ele se dá conta de que estava sendo guiado igual uma mãe guia um filho ou uma dona seu animal em direção ao estacionamento.

Se endireitando Lorenzo recupera a lucidez e gentilmente com movimentos de arrumar a roupa ele indica que a Brujah poderia soltar ele.

Entrando no carro ele se volta para Mafalda...
- Me desculpa. Me deixei ser controlado pelas emoções e só fiz merda. Você tem todo o direito de ficar puta comigo. Não vou dar justificativas, pois nada justificativa minha ação anterior. Só peço desculpas e irei arcar com as consequências vindouras.

Lorenzo demonstrava com sua expressão facial e seu olha fixo nos olhos de Mafalda que estava realmente arrependido e envergonhado.

"- Que bom que a Margarida voltou... E ainda voltou esperta!"

Responde Mafalda com ironia e um sorriso nos lábios, enquanto solta a gola de Lorenzo, depois de ouvir o seu pedido de desculpas.

"- Gosto de homem assim, que sabe seu lugar, Lorenzo! E como eu sou muito gente boa, desculpo sim você! Agora entra nessa droga de carro porque a gente já perdeu tempo demais! Já estava achando que teria de conversar sozinha com a minha fantasma camarada..."

Ao fim da frase, Mafalda destrava o carro e entra no lugar do motorista, mas reflexiva. Após alguns segundos em silêncio, ela se vira para Lorenzo e diz:

"- Taí Lorenzo... Será que o Albertus já fez o despacho?

Ela olha para um lado, depois para outro.

"- Hellooo? Is there anybody in there? Just nod if you can hear meee... Aparece minha fia..." (♫)

Cantarola a Brujah a esmo, enquanto liga o carro e começa a tirá-lo da garagem. Mafalda não era tola e sabia que não poderia brincar com os espíritos. Mas a curiosidade falava mais alto em querer saber quem era e como era a Gasparzinha.

OFF: (♫) https://youtu.be/jRk5Gjl_cAg

Lorenzo novamente não sente a presença de sua escrava.

* O silêncio do espírito é ensurdecedor *

Imagina Mafalda enquanto ela solta um leve riso da própria piada, até o sorriso desvanecer ao olhar para Lorenzo na banco do passageiro, quase catatônico de tão mudo.

* Tomar no cu... Porquê me amaldiçoas, Senhor? *

Heresias a parte, Mafalda fala, enquanto revira os olhos:

"- Se é assim... Partiu! Bater uma volta no Elísio e saber o que rolou por lá até agora!"

Mafalda liga o som do carro em alguma estação de rock e sai dirigindo o carro para fora da Mansão, tentando seguir nas ruas mais movimentadas.

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- Vamos sim, mas vamos fazer todo o caminho de ontem. Vai que encontramos algum rastro deles. E Calama aí que vou tentar sentir a presença do espírito que estaria lhe vigiando.

Virando para Mafalda.
- Mas no caminho vamos fazer uma parada eu me alimentar direito.

Logo em seguida o Giovanni fecha os olhos para tentar sentir o espírito que Albertus colocou na Brujah.

Mafalda morde língua quando Pisanob começa a demonstrar alguma pro-atividade, arqueando a sobrancelha com um ar de surpresa.

"- Ótimo. Gostaria de vê-la e trocar uma ideia com ela de mulher para mulher, mas ela cumprindo o que Albertus nos prometeu já está de bom tamanho. O importante é não sermos pegos de surpresa pelos lobisomens."

Continua, já passando pelo portão da Mansão.

"- Enquanto isso, eu vou bater os olhos na rua. Alguma presa em específico, Monsieur? A cidade tem um menu muito vasto..."

Lorenzo sente a presença não de um, mas de três espíritos os acompanhando. Mafalda coloca numa rádio de Rock, mas o rádio do carro muda sozinho para música clássica.

Continua nas Ruas de Estrasburgo

O carro chega na Mansão. Os portões se abrem sozinhos. Mafalda ainda não conseguia se livrar do cinto de segurança e, para piorar, o Airbag também se acionou para diminuir seus movimentos - o que deixou a Brujah bem irritada. Assim que chegam, o Airbag para, mas o cinto prossegue. Mafalda pode notar que havia um carro à frente com duas figuras chegando com malas, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, aquele frio na espinha denunciava que Albertus havia se aproximado.

O ancião abre a porta do motorista e ordena:

'- Acredito, que sendo de um dos clãs fundadores, sabe que a violação da tradição do domínio é gravíssima. Sei que sendo uma Brujah não é a mais esperta da Torre de Marfim, mas isso foi muito impensado, mademoiselle...'

Esperando Mafalda descer, ordena a Lorenzo:

'- Ajude Otávio César e Antonella com as malas, Lorenzo. Faça algo de útil. Eu vou conversar com sua ex-amiga...'

Os nomes de Otávio César e Antonella eram conhecidos de Lorenzo, que só ouvia coisas grandiosas quando o nome da dupla de irmãos era citada.

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Aparência 4, Carisma 5

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Aparência 4, Carisma 5

"- CARALH... EU NÃO... ACR... BOOOOST..."

Em meios a socos no airbag e xingamentos abafados pelo cinto de segurança, a frustração. Mafalda se via novamente na estaca zero ao retornar à Mansão Giovanni. O frio na espinha revela o Ancião Geladeira que abre a porta e a provoca, enquanto o carro para de atacá-la. A expressão no rosto da Brujah era clara, não estava satisfeita, mas ainda assim trata o Albertus com toda deferência que um Ancião merece:

"- Foi impensado sim, Milorde, mas necessário quando Lorenzo insiste em querer se comportar feito um animal..."

A vampira vai se recompondo, já fora do veículo, acalmando-se mais por se ver livre do carro:

"- Eu o respeito, Milorde Albertus, e reconheço seus domínios. Nossos interesses estão alinhados à caçada e eu quero cumprir os termos do nosso acordo, arrancando as cabeças dos pulguentos..."

Mafalda continua, porém, cruzando os braços e com a raiva crescente impressa em seu rosto, enquanto olha para o projeto de vampiro que era Lorenzo:

"- Lorenzo, no entanto, não aparenta entender o que está em jogo nem mesmo saber o que está fazendo. Não sabe caçar. Não sabe conter uma presa. Não sabe controlar sua besta. Ele sucumbiu novamente - a segunda vez em apenas poucas horas dentro dos seus domínios - arriscando à máscara, à caçada e todo o caralho do resto..."

Mafalda semicerra ainda mais os olhos em direção ao Pisanob, fincando os dedos nos próprios braços, enquanto fala com desgosto:

"- Eu não o confiaria nem com as malas dos seus convidados... É capaz dele tropeçar e cair cima de um galho. "

* Mas eu não teria tanta sorte...*

A imaginação fértil da vampira a permite fantasiar em inúmeros cenários em que Lorenzo terminava se dando mal, permitindo um silêncio de alguns poucos segundos. Um suspiro longo a faz interromper e voltar a sua atenção para analisar os convidados. Mafalda capta seus nomes, Antonella e Otávio...

* Pegava... *

Voltando-se ao Geladeira, bem mais calma após praguejar contra Lorenzo:

"- Eu imagino que o Milorde precisará escoltá-los até o Elísio e o Van Hagen... Estou a seu dispor."

Concluí a Brujah, ainda com os braços cruzados. Sua expressão era séria, mas era solicita ao Ancião.

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Lorenzo não estava nada bem com tudo que estava acontecendo, ele só queria ficar calado e recuperar sua dignidade dali para a frente passando a acertar com tudo o que estava acontecendo.

O silêncio é quebrado com Mafalda chamando pelo seu nome de forma muito atraente. Era uma voz doce e o Giovanni começava a sentir uma vantagem enorme de querer ficar muito perto dela. O Necromante saco de a cabeça pensando. *- Agora não é hora de sentir desejos por ela, você está no furo, controle seus sentimentos...*

E quando a Brujah iria continuar a falar, o carro dá uma guinada mudando de direção, o cinto enforca Mafalda e o Airbag trava ainda mais seus movimentos. Lorenzo tenta entender o que estava acontecendo e procura supostos agressores. Quando percebe que estava voltando para a Mansão e que era o carro o agressor Lorenzo se aquieta e apenas aguarda.

Quando finalmente chegam na Mansão e Albertus os recebe lançando aquelas palavras, Lorenzo olha para Mafalda com ódio.
*-Sua vaca Morticia Punk-Gótica, tentou me enfeitiçar...*

Lorenzo faz uma reverência na frente de Albertus.

- É claro Sr Albertus. Será um prazer.

Ao término das palavras de Mafalda o Giovanni se levanta e com uma expressão apática fala baixo para que só Mafalda e no máximo o geladeira possa ouvir:
- Obrigado por me mostrar quem és, e pelo que tentou fazer no carro. O mundo é como uma roda gigante, onde quem está por baixo sempre vai ter seu momento de estar por cima.

Ao final de suas palavras Lorenço lança um sorriso, mas o sorriso não escondia de forma nenhuma o teor das palavras ditas para Mafalda.

- E um conselho, cuidado quando for ofender alguém na frente dele e dos seus anciões, pois o resultado pode não ser tão diplomático quanto você espera.

O Giovanni começa a andar na direção dos recém-chegados. Adquirindo um semblante de simpatia.

Lorenzo sabia o quão promissores eram os irmãos. A chegada deles prometia uma guinada absurda no clã na cidade. E o Giovanni estava muito curioso em conhecê-los pessoalmente.

'- Não é hora para filosofia de botequim, Lorenzo. Faça o que fora ordenado. Nós iremos conversar lá dentro só nós dois.' - o tom de Albertus era bem sério. O Necromante iria ter uma conversa definitiva com Lorenzo.

Voltando-se para Mafalda, o Necromante apenas diz, enquanto suas mãos invadiam sem pedir permissão os seios da Brujah lhe arrancando violentamente as pirocas guardadas:

'- A Família Giovanni irá resolver suas questões internas, você está dispensada. As pirocas-amuleto ficarão com Antonella e Otávio César até que você demonstre alguma lealdade. Você já viu muito e sabe de muito, conhece parte do meu poder de fogo, espero que se esforce em se manter no tabuleiro como aliada, seria horrível ter que tomar atitudes drásticas com uma jovem promissora.'

O tom era vazio de emoções e Albertus esperava respostas de Mafalda e obediência de Lorenzo.

Mafalda mais uma vez revira os olhos enquanto Lorenzo a ameaça e com uma das mãos,

"- Blá, blá, blá, blá... "

Por cima dos ombros, ela apenas ri com canto de boca e olha para Lorenzo com malícia:

"- Olha só, vampiro de pijamas... eu não te odeio, tá beleza? Apenas acho você incompetente e um risco para andar sem controle. Nada inverídico. Nada pessoal. Exceto sua dívida comigo, essa sim, bem real e personalíssima. Sua e do seu amiguinho de Bruxelas, não esqueça. Nós ainda vamos manter o contato."

Mafalda toca as pontas dos dedos nos lábios e lança um beijo em direção ao Pisonab emburrado, dando tchauzinho com as mãos. Não muito depois, ela é surpreendida pelo Geladeira arrancando os amuletos dos seus seios. Viver como prostituta no século XIX a permitia encarar o gesto com mais naturalidade. Claro, naquela época ela era paga. Ainda, reage aos mãos gélidas do ancião Giovanni entrando no seu bojo com um pouco de ousadia:

"- Ui... Ge-gelaado!"

Massageia os próprios seios, enquanto responde ao ancião sem emoções:

"- Não tem problemas, Milorde Albertus. Compreendo e acho mais efetivo. Eu particularmente combato melhor com armas - daí porque daquele punhal de prata. Eu prefiro deixar a coleira com quem realmente sabe controlar."

Olha para Lorenzo partindo com as malas, deixando a indireta no ar, mas querendo ser uma mosca para ver o esporro que ele ia levar. Dando de ombros, ela continua...

"- Bom... Espero assim provar minha lealdade, Milorde."

Despede-se com uma reverência, aproximando-se do casal de irmãos com um sorriso simpático.

"- Antonella e Otávio... Eu sou Mafalda."

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Lorenzo não responde as provocações de Mafalda, apenas meneia a cabeça positivamente quando se é falado do assunto de Leon em Bruxelas.

Como Albertus havia ordenado, Lorenzo caminha na direção dos recém-chegados pega as suas malas.

-É um prazer conhecê-los. Ouvi falar muito bem de vocês. Me chamo Lorenzo ao seu dispôr. Poderiam me acompanhar?

Lorenzo aguarda uns instantes e acompanha os dois até o interior da mansão.

Otávio César e Antonella já iam responder Mafalda quando Lorenzo os chama para entrar. Albertus respira fundo como se ainda fosse um mortal, fato raro para quem já havia abandonado a humanidade há tanto tempo, mas não havia como não fazê-lo diante daquilo.

'- A falta de capacidade de compreensão de vocês dois é impressionante.'

Anda na direção de Mafalda e Lorenzo e comenta com Mafalda:

'- Achei que havia sido claro quando disse que a Família Giovanni irá resolver suas questões internas, Mafalda.'

Olha para Otávio César e Antonella que, sem ter nada a ver com tudo aquilo não havia ainda entendido o climão e diz:

'- Lorenzo e Mafalda iam trabalhar juntos na questão que lhes falei, mas a dupla andou em círculos a noite toda e não saiu do lugar. A Brujah teve um voto de confiança e conheceu meus servos. Está disposta a provar lealdade para seguir viva e trabalhar com vocês dois... vamos fazer assim, sigam com ela para o Ellisium e avaliem se vale a pena.'

Estende as pirocas para a dupla, mas Otávio César as recusa:

'- Não precisamos, primo. É melhor deixá-los na proteção da Mansão. Nós temos nossos servos conosco.'

Albertus concorda com a cabeça, olha para Lorenzo e diz:

'- Leve as malas deles para dois quartos vagos e me encontre no escritório.'

O Necromante mais antigo segue para o escritório. Otávio César e Antonella olham para Mafalda, Otávio César é quem toma a palavra:

'- Muito prazer, Sra Mafalda, eu sou Otávio César Giovanni e essa é minha irmã Antonella Giovanni.'

Antonella come Mafalda com os olhos e a cumprimenta em seguida:

'- Encantada, então você será nossa guia até o Ellisium?'

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