Mansão Giovanni - Refúgio de Albertus Giovanni

Ainda dentro do táxi, com um sorriso no rosto, Mafs ironiza com a última fala do Giovanni:

"- Ah, não fode, vai? Agora que você me avisa? Só porque eu queria dar uns pega nele também..."

Mafalda retira o celular do bolso e escreve uma mensagem, mostrando ao Giovanni em seguida:

"Se você vai apagar ele, não zera ele todo. Eu posso precisar dele ainda hoje. Remove só que ele viu os lobos, nossa reação, nossas perguntas e o nome do Albertus. Para todos os efeitos, foi apenas uma viagem com uns amassos no banco de atrás, ok?"

E aguarda o sinal positivo.

Logo após mostrar o texto para o Giovanni, o telefone de Mafalda vibra e retoma para ver a mensagem que acabara de chegar. Ela escreve a mensagem de volta.

"Está combinado, gatinha. Enfim, fudida e mal paga, mas tô viva. Ou não, você entendeu. Tô inteira chegando na casa do Geladeira com o Lorenzo. Amanhã a gente se vê, eu espero. Deseje-me sorte."

E guarda o celular, esperando alguma ação do Lorenzo para o motorista.

Lorenzo dá uma risada com a sátira que a gótica faz em relação ao comentário.
- Bom, não custa nada ressaltar. Caso eu fique menos empático é por esse motivo. Não quero ter problemas com a hospitalidade por esse motivo.

O Giovanni discretamente lê a mensagem e fingindo continuar o comentário anterios ele diz.
Então é esse exatamente o ponto. Entendeu tudo.

Quando o motorista do táxi para em frente a propriedade de Albertus Giovanni, Lorenzo se posiciona de uma maneira que o retrovisor não o pegue e se dirige ao taxista.
- Meu caro Rick quanto que custou a corrida? Espero na estar desarrumado e nem descabelado.

Quando o taxista de vira para dar a informação e dizer a opinião. O Necromante aproveita o contato visual para montar o Lego que seria a memória do Taxista.
- A corrida foi muito divertida, certo meu amigo Rick. Você nos busco, conversamos bastante, demos uma volta pela cidade e você comentou sobre os pontos turísticos. A conversa sobre o instituto foi muito longa pois minha amiga gosta de pesquisa. Depois conversamos sobre lendas urbanas e você falou sobre as Catacumbas Profanas. Decidimos ir então para uma das boates mais movimentadas da cidade e com essa mudança brusca quase atropelamos cachorros de rua. Antes de chegar na boate, minha amiga e eu começamos a nos pegar e decidimos ir para a casa de um Igor meu para termos mais privacidade, mas o nome dele você não lembra pois estava distraído nos vendo se beijar. A viagem foi divertida e super tranquila. E você gostou tanto da gente que resolveu pegar meu número para quem sabe dar informações sobre a cidade em questão de pesquisas, já que você estava pensando em rodar cada vez mais por aqueles lugares e para me contar sobre novas lendas urbanas. Foi apenas isso que aconteceu em toda a viagem. Agora você vai falar o valor da corrida e esperar o meu cartão com meu número.

Lorenzo termina o quebra-cabeça e espera a reação do motorista.

Enquanto esperava a reação do taxista, Lorenzo recebe uma mensagem no celular falando sobre a reunião que teriam amanhã com a feiticeira e o resto do grupo de caça.

- Confirmo a minha presença amanhã e sua inauguração. Att Lorenzo Giovanni.

Em silêncio e com um sorriso sádico no rosto, Mafalda observa o Giovanni usar sua dominação e moldar a mente do taxista. Porém, ela solta uma gargalhada genuína quando o taxista cobra a corrida. Não esperava que, dentre todas as coisas, Lorenzo não ordenasse o mais simples - esquecer o pagamento. Mafs dá um olhar sob Lorenzo e vai se retirando do táxi:

"- Pague o homem, mon ami. Posso não parecer, mas eu ainda sou uma dama..."

E continua sua, dessa vez para o taxista, ainda exercendo sua presença nele:

"- Rick, amanhã no começo da noite, você retornará a esse endereço. Dê um contato seu ao meu amigo. Provavelmente, você pegará uma encomenda para mim antes, mas eu enviarei uma mensagem confirmando. Por hora, quero que você volte para casa e descanse bem para amanhã. E sim, use as vias principais e seguras, já está tarde e não quero que o meu taxista favorito se exponha a riscos."

Mafs dá uma piscadela ao fim das suas ordens e, ainda com um sorriso estampado no canto dos lábios, aguarda Lorenzo já fora do veículo.

O as ordens de esquecimento foram dadas e concluídas com sucesso. Quando o taxista fala o valor, Mafalda dá uma gargalhada. Poderia ter saído mais caro que o esperado, mas não era para tanto. Quando o Giovanni começa a pegar a carteira, a sua companheira gótica fala sobre ele pagar.
- Seria um ultraje se você pagasse alguma coisa.

Enquanto pegava o dinheiro na carteira, a Brujah dava outras intenções e quando ela termina, Lorenzo chama a atenção do Rick e usa mais um poder de dominação escondido em conversa.
- Aqui está o dinheiro. É difícil resistir a um pedido tão carinhoso como o dela. Então você fará o que ela pediu. Né meu caro Rick. E eu acho proveitoso você rodar aonde conversamos anteriormente e será muito bem recompensado em trazer informações de passageiros que são ligados ao instituto.

Lorenzo espera até receber o contato de Rick, depois sai do carro e fica ao lado de Mafalda esperando o taxista ir embora.
- Até amanhã meu amigo.

Depois que o taxista vai embora, a dupla se encaminha para a porta e toca a campainha.

Ao sentir aquela névoa gélida e macabra, Mafalda instintivamente dá um passinho para trás, enquanto cruza os braços para se "aquecer". Não era o frio que incomodava - ela estava morta, não havia diferença. Mas o medo, daqueles que invade a pele e congela a espinha - um sentimento muito humano para o seu gosto que se repete pela segunda vez.

* Bicha, essa Geladeira é destruidora mesmo...  Já na entrada e é cheia dos truque...*

Mas sabia Mafalda que tudo aquilo era real, não havia efeitos e Bela Lugosi não apareceria voando. Por não estar no seu ambiente, era preciso ter cautela. Ela se vira para Lorenzo:

"- Ce vai na frente!"

O taxista vai embora e quando as portas se abrem, o interior da mansão estava parecendo bem mais esquisito e macabro do que da primeira visita. Isso não chega a incomodar muito o Giovanni, pois estava acostumado com o toque do mundo dos mortos.

Mafalda parece não gostar muito sobre as sensações emitidas pela mansão. A Brujah dá um passo para trás e cruza os braços mandando o Necromante ir na frente.

Pelo visto as artimanhas Necromanticas já estavam sendo ativadas. Lorenzo olha para sua amiga gótica e com uma expressão de não tenha medo meneia a cabeça. Logo em seguida assume uma postura fria e um olhar sério e adentra completamente na mansão:
- Sr Albertus Giovanni? Eu e a Sra Durant acabamos de chegar.

Continua o percurso até a salão principal onde fora recebido anteriormente.

Um lobisomem aparece na frente da dupla. Lorenzo por uns instantes fica congelado da cabeça aos pés. No momento seguinte dá um passo atrás contraindo seus músculos e mostrando suas presas.
* Puta que pariu... Os sarnentos chegaram aqui primeiro... Mas como conseguiram derrotar o Albertus tão rápido... Pelo visto é o meu fim... Vou morrer...

Quando o Lobisomem-Zumbi grunhi para a dupla, aí sim o Necromante consegue perceber que não é nada mais que um pulguentos animado por poderes Nectomanticos. Ele olha rapidamente para a Brujah tentando ver a como ela estaria.
* Mafalda!!!!*

Seguindo o Giovanni, Mafs adentra a Mansão. Atenta e atônita, ela observa o enorme vulto emergir da névoa. Há um sentimento da sua vida e não-vida passando pelos seus olhos, pois sim, você vai morrer... de novo... O Lobisomem-zumbi grunhi para a dupla. Mafalda grunhi de volta. Não porque queria, mas era o resquício de um grito que não saiu.

Talvez pelo medo ou pela falta de imaginação, todas as tentativas para compreender a natureza daquilo falhavam. Mafalda entendia o Mundo das Trevas, fazia parte dele. Já ouvira falar de lobisomens, aprendera a tomar cuidado. Mas lobisomens-zumbis? Lobizumbi? Era algo realmente fora do manual.

Atrás de Lorenzo, sua reação era dar leves socos no ombro do Giovanni a medida que o bicho se aproximava, como quem tenta chamar sua atenção para 'aquilo' - ignorando o fato que ele próprio estava bem diante do bicho morto-vivo. Quando Lorenzo se vira para Mafalda, ela o encara e - tirando forças de um cu-que-não-passa-um-fio - ela fala baixo:

"- É-é para eu ter m-medo agora, se-seu puto?!"

O Lobizumbi solta novamente um grunhido, indicando o caminho com a cabeça. Travada, apenas grunhi de volta. Porém, observa que o lobizumbi não ataca e lembra das palavras de Pendragon sobre a fama do Geladeira. Desconfortável, ela assume que esse era o porteiro para o nível do anfitrião. Tentando se recompor, ela vira o Giovanni para ele ir seguindo o bicho:

"- Va-vai na frente..."

E continua o caminho quase que imediatamente atrás do Giovanni, escondendo-se na sua sombra.

Mafalda se via num desses momentos de difícil controle sob sua reação. O Geladeira - que a uma altura do campeonato evoluiu para Mr. Freezer - levanta outro bicho pavoroso daqueles. Acima da mesa, um corpo com sete pirocas e sete vaginas a mais. Era uma demonstração de poder, sem dúvida. Por mais que Mafalda conhecesse um pouco sobre ocultismo, aquilo fugia bastante da sua perspectiva. Não havia nada o que dizer sobre aquilo. Por Deus, ela sequer queria tocar em nada daquilo. O único pensamento que invade Mafalda é que o Ancião não era brincadeira e qualquer opositor dele estaria bem fodido:

* Com dois bichão desses e um zumbi com sete pirocas?! JA-MAIS... Sou Giovanni desde criancinha...*

Atrás de Lorenzo, Mafalda apenas acena com a cabeça às palavras do ancião, em sinal de agradecimento. Deixaria, no entanto, a fala para Lorenzo.

Se Lorenzo tivesse que lutar com aquele Lobisomem-Zumbi morreria ainda mais fácil por causa dos soquinhos de medo de Mafalda.

Após se recuperar do susto e fingir que nada aconteceu, o Giovanni começa seguir o servo em decomposição e Mafalda vai praticamente cheirando seu cangote.

Quando chega no jardim interno da mansão, Albertus mostra cada vez mais a sua magnitude de poder, fazendo surgir outro Lobisomem-Zumbi igual ao que lhe receberá na entrada. E os cumprimenta como se não estivesse fazendo esforço nenhum para o executar aquele tipo de Necromancia.

Em cima da mesa estava o cadáver de uma mulher claramente iniciada no ritual "Violação de Perséfone".

O poder daquele Giovanni era absurdo, Lorenzo precisava se tornar um Necromante tão bom quanto ele.

- Boa noite Albertus. Conseguimos despistar os pulguentos com a ajuda de minha escrava. Estou vendo que está se preparando para algo importante.

Mafs ainda olhava admirada e preocupada quando recebe os cumprimentos do ancião Giovanni. Eram as primeiras palavras que o Freezer dirigia diretamente à Mafalda, apesar do encontro ainda no Palais de Rohan. Mafalda não faria feio, haveria de ser grata pela hospitalidade, ainda que o lugar fosse nenhum Cour de Corbeau¹.

* ...está mais para Hotel Transylvania.*

Ela sai da sombra de Lorenzo e, lembrando das palavras de seu companheiro de aventuras, tenta ser objetiva com o Freezer.

"- Eu agradeço a hospitalidade, Milord Giovanni." — Após uma breve pausa, ela continua, referindo-se aos lobisomens reanimados.

"- Eu já ouvi relatos, mas ao vivo...  é apenas impressionante..."

E de fato era, por mais que Mafalda mantivesse uma distância segura dos bichões, se é que isso fosse possível.

¹OFF: hotel quatro estrelas e centenário de Strass.

Lorenzo fica observando de forma discreta todo aquele cenário ritualístico.
*Eu preciso aprender isso...*

- Já suspeitava que esse era o intuito da sua reunião com seus amigos peculiares.

Mafalda percebe que o tom de voz de Lorenzo se tornou menos vivaz do que de costume, beirando o frio.

Quando Albertus se direciona a Mafalda, Lorenzo lembra que não havia apresentado os dois, nem no encontro ligeiro do Ellisium.
- Esta aqui é Mafalda Durant do clã Brujah. Está sendo minha dupla na caçada contra os Lobisomens.

Percebendo a nova postura de sua amiga gótica, o Necromante percebeu que ela havia tomado a postura exata para lidar com o Albertus. As coisas iriam se sair bem pelo visto.

Assim que Lorenzo a apresenta ao Freezer, Mafs se indaga se o Giovanni não havia comunicado que estava acompanhado. De toda forma, ela se volta para o ancião e o reverencia:

"- Peço perdão pelos meus modos e pela minha intromissão, Milord..."

O olhar sério e natural de Alberta continha ainda mais significado dessa vez. A primeira parte da proposta feita por Albertus não surpreende em nada Lorenzo, visto que a contenda pelas Catacumbas Profanas entre ele e os Tremerie eram conhecidas por todos. Mas a segunda parte faz com que o Giovanni pense um pouco antes de responder.

- Albertus Giovanni, por mim será um prazer ganhar todos os prêmios da caçada mais de uma vez. De preferência três vezes. E também não vejo problemas nenhum em sermos sócios nas catacumbas Profanas.

Olhando para Mafalda.
- O que nos diz sofre isso Srta Durant?

A proposta do Ancião deixou Mafalda absorta. O Geladeira realmente não ia poupar esforços na caçada, a ponto de nem mesmo disfarçar o seu interesse nas Catacumbas Profanas para dois recém-chegados. Tampouco de esconder sua rivalidade com os feiticeiros. Nesse instante, Mafalda não sabia se sentia usada ou se sentia privilegiada em já ter uma oferta de aliança com o ancião Giovanni.

Ao mesmo tempo, refletia sobre o desejo de domínio do ancião. Mafalda pouco se lixava para as Catacumbas, um monte de ossos endiabrados não teria qualquer utilidade para ela. No entanto, com as informações coletadas com o taxista, certamente haviam outros interessados tanto no Instituto quanto nas Catacumbas - fazendo Mafalda questionar se há uma trama por de trás da própria caçada.

* Me chame de paranóica, mas dou minha cara a tapa se o nosso príncipe não tiver ele mesmo de olho gordo nesse cemitério, Geladeira... A gente só está fazendo o trabalho sujo dele.*

Ainda assim, Mafalda guarda suas ponderações para ela. A proposta do ancião era muito boa para dar motivos para ele se afastar. Lorenzo toma a palavra, já se comprometendo. Ela olha para ele e depois para o Albertus, e fala de forma analítica:

"- Milord... Amanhã a noite Lorenzo e eu somos convidados da feiticeira para, entre outras coisas, debater sobre os termos da caçada. Nós vamos a esse encontro, nem que seja para coletar informações e manter as aparências. Não ir revelará nossas intenções e não devemos revelar às outras forças competidores da sua participação, Milord - do contrário, poderá acarretar na intervenção direta do Snape e não queremos isso."

.

'- Ninguém lhe propôs sociedade, Lorenzo. Eu não pretendo montar uma editora para lançar uma série de romances.' - diz Albertus de modo bem direto.


O necromante queria as Catacumbas Profanas para si e deixa claro isso. Ouve as palavras de Mafalda e comenta:


'- Eu posso aceitar esses termos se você não tiver problema com o fato de que eu irei prender alguma alma em você para vigiar todos os seus passos e garantir que você não vai me trair como facilmente aceita trair aqueles degenerados.'